quarta-feira, dezembro 31, 2008

Mensagem de Ano Novo - Feliz 2009!



“Este é o dia que fez o SENHOR; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele.” (Salmo 118.24)

Começa mais um ano: é tempo de esperança!
Tempo de se entregar ao Senhor Jesus e deixá-lo o guiar nos próximos 365 dias.

Em cada atitude, lembre-se do Senhor. Em cada aflição, ore a Deus. Em cada dúvida, converse com Ele.

É tempo de listarmos nossos sonhos.
Tempo também de os realizarmos...na medida da possibilidade e não da ansiedade ou do misticismo que “determina” e “exige” as bênçãos de Deus para o Ano Novo. Que rotula sempre o ano seguinte como sendo o “ano da colheita”, “ano da libertação”, “ano da prosperidade”; nada disso.

Esse ano, qualquer ano, tem que ser o ano em que seguiremos a Deus e que o deixaremos reger nossas vidas por completo, sem apego, sem medo, sem orgulho...

E que mais em mais almas sejam convertidas ao Senhor Jesus e que sejam cristãos de verdade e não meros “fantoches gospel”. Que possam ser alicerçadas na verdade do Evangelho, que tenham sede de ler a Bíblia Sagrada e não somente “best sellers” rotulados de cristãos mas totalmente heréticos e místicos.

Sei que isto é um sonho, pois é raro o verdadeiro cristão nos dias de hoje. Raridade essa que já não mais os encontramos a nossa volta, nas igrejas em que freqüentamos, nos templos da vizinhança, mas em guetos – como os das comunidades da web e dos blogs evangélicos.

Neste ano de 2009 quero mais edificação espiritual. Quero minha vida regida pelo Senhor Jesus. Quero ser usada por Ele e contribuir para a Sua obra. Quero deixar meus temores no passado. E amadurecer.

“Por isso se alegrou o meu coração, e a minha língua exultou; e ainda a minha carne há de repousar em esperança.” (Atos 2.26)

por R. Reis

Pensamentos para o Ano Novo

1."...as coisas antigas já passaram..." (2 Co 5.17). O medo de viver, na verdade, origina-se na culpa e no pecado. Só quem se livrou do fardo do passado pode entrar leve e despreocupadamente pelo portal de um novo ano. Jesus Cristo é grande o suficiente para nos perdoar todos os pecados. Basta que os confessemos a Ele..

2. "...eis que se fizeram novas..." (2 Co 5.17). Alguém disse certa vez: "Um dia pode ser uma pérola, e um século, nada." Aquele que entregou sua vida a Jesus ganha a eternidade para si; quem vive sem Jesus está perdendo tudo desde agora.

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3. "Oh! Tomara que me abençoes..." (1 Cr 4.10). Quando o talentoso artista Michelangelo começou a maior obra de sua vida na Capela Sistina, pintou primeiro duas mãos que abençoavam. Ele sabia o que também nós temos de saber para um novo ano: "Tudo depende da bênção de Deus".

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4. "O que eu faço não o sabes agora; compreendê-lo-ás depois" (Jo 13.7). Muitas coisas que acontecem nos parecem estranhas, muitos caminhos de Deus para conosco parecem ininteligíveis, mas na eternidade vamos entender o porquê, pois Deus jamais erra.

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5. "...a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus" (Gl 2.20b, Ed. Rev. e Corrigida). Para quem vive pela fé em Jesus, a fé de Jesus passa a se tornar efetiva: não existe fé maior do que essa. Viver com Jesus significa alcançar o alvo, pois Ele é o Autor e Consumador da fé (Hb 12.2).

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6. "...faça-se a tua vontade..." (Mt 6.10b). Seguir ao Senhor com um coração íntegro e obedecer-Lhe traz bênção nunca imaginada e é o melhor pré-requisito para o sucesso espiritual. Dar finalmente o passo diante do qual vacilamos até agora nos faz felizes e nos conduz à liberdade.

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7. "Sede vós semelhantes a homens que esperam pelo seu senhor" (Lc 12.36). William McDonald disse: "Não basta defender a verdade acerca de Sua vinda; essa verdade deve nos dominar". Os cristãos mais ativos e santificados são aqueles que contam com a volta de Jesus e que amam a Sua vinda. Por isso o pastor Wilhelm Busch recomendava: "Juntem-se aos crentes que esperam pela volta do Senhor".

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por Norbert Lieth

segunda-feira, dezembro 29, 2008

O Legalismo do Dízimo e a Liberdade do Evangelho da Graça

Se dermos o dízimo em cumprimento à lei, só podemos dar dez por cento. Mais do que isso é transgressão da lei (Ml 3.10). Se contribuirmos com um valor proposto em nossos corações e conforme nossa prosperidade, podemos dar mais de dez por cento, ou menos, dentro dos critérios da Nova Aliança em Cristo Jesus. Vivemos sob a égide do Evangelho da Graça e não sob a escravidão da lei.

"Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas" (Hb 8.6).

"Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar" (Hb 8.13).

Querer manter–se fiel à escravidão da lei é recusar a graça de Deus e não dar a devida importância à missão de Cristo.

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Ef 2.8-9). “

Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado? Quero apenas saber isto de vós: recebestes o Espírito pelas obras da lei, ou pela pregação da fé? Aquele, pois, que vos concede o Espírito e que opera entre vós, porventura, o faz pelas obras da lei ou pela pregação da fé” (Gl 3.1,2, 5).

As passagens acima se aplicam mais diretamente à justificação pela fé. Mas quem é justificado pela fé em Jesus Cristo é ricamente abençoado e recebido como filho de Deus, “se somos filhos, somos também herdeiros de Deus e co-herdeiros com Cristo; se com ele sofremos, também com ele seremos glorificados” (Rm 8.17). Se buscarmos em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça, nada nos faltará (MT 6.33).

Entende-se por “obras da lei” a obediência às exigências da lei. Como diz John Stott, o estabelecimento da lei é a abolição do Evangelho”.

Quanto ao dízimo, muitas igrejas ensinam que a obediência irrestrita a Malaquias 3.10, embora não seja meio de salvação é meio de ter prosperidade. E isto são obras da lei.

(Adaptado)

Pr. Airton Evangelista da Costa

domingo, dezembro 28, 2008

Cristianismo Pagão - Parte 4

O EDIFÍCIO DA IGREJA HERDANDO O COMPLEXO DE EDIFÍCIO



O antigo Judaísmo estava centrado em três elementos: o templo, o sacerdócio e o sacrifício. Quando Jesus veio, Ele cancelou os três elementos cumprindo-os em Si mesmo. Ele é o Templo que incorpora uma casa nova e viva feita de pedras vivas — “sem mãos [humanas]”. Ele é o Sacerdote que estabeleceu um novo sacerdócio. Ele é o Sacrifício perfeito e definitivo.

Foram apenas os cristãos que descartaram todos estes elementos. Poder-se-ia dizer que o cristianismo foi a primeira religião sem templos. Na mente do cristão primitivo, era a pessoa que constituía o espaço sagrado, não a arquitetura. Os primeiros cristãos entendiam que eles mesmos — coletivamente — eram o templo de Deus e a casa de Deus.

Notavelmente, em nenhuma parte do NT, encontramos os termos “igreja” (ekklesia), “templo”, ou “casa de Deus”, usados para referir-se a edifícios próprios. Ao ouvido do cristão do século I, descrever um edifício como ekklesia (igreja) seria como chamar uma mulher de arranha-céu!

O uso inicial da palavra ekklesia (igreja) para referir-se a um lugar de reunião cristã ocorre no ano 190 d.C. por Clemente de Alexandria (150-215). Clemente foi a primeira pessoa a utilizar a frase “ir à igreja”, que era um pensamento alheio ao crente do século I. (...)

Entre os séculos IV e VI, o catolicismo romano absorveu as práticas religiosas do paganismo e do Judaísmo. Instalou um clericalismo profissional e erigiu edifícios sagrados de alvenaria. E converteu a Santa Ceia em um sacrifício místico.

Constantino — Pai do Edifício da Igreja



A história de Constantino (285-337 d.C.) abre uma página tenebrosa na história da cristandade. Foi ele quem iniciou a construção dos edifícios eclesiásticos. A história é assombrosa. (...)

Em 312 d.C., Constantino tornou-se César do Império Ocidental. Em 324, ele tornou-se Imperador de todo Império Romano. Pouco tempo depois ele começou a ordenar a construção de edifícios de igreja. Ele fez isso para promover a popularidade e a aceitação da cristandade. Se os cristãos tivessem seus próprios edifícios sagrados — como tinham os judeus e os pagãos — a fé cristã seria legitimada no Império.(...)

Depois da viagem de Helena a Jerusalém em 327 d.C., Constantino começou a construir os primeiros edifícios de igrejas ao longo do Império Romano. Ao fazê-lo, ele seguiu a trilha pagã de erigir templos para honrar a Deus.

É interessante o fato dele ter nomeado suas igrejas com nomes de santos — da mesma forma que os pagãos nomeavam seus templos com nomes de seus deuses. Ele construiu suas primeiras igrejas sobre os cemitérios onde os cristãos honravam seus santos mortos.(...)

Querido cristão observe! As raízes do “sagrado” edifício da igreja são completamente pagãs. O edifício da igreja foi inventado por um professo ex-pagão dotado de uma mente completamente pagã. Tais edifícios da igreja foram construídos sobre a idéia pagã de que o morto cria um espaço santo. Por favor, lembre-se disto toda vez que você escutar alguém se referir a um edifício como casa “santa” e “sagrada” de Deus.(...)

Os edifícios das igrejas construídas por Constantino eram desenhados exatamente conforme o modelo da basílica. A basílica era o edifício governamental mais comum. Era desenhada segundo o estilo dos templos pagãos. (...)

Ele também a favoreceu por sua fascinação com a adoração ao sol. As basílicas foram desenhadas de tal maneira que os raios solares caíam sobre o orador enquanto este falava à congregação. Igual aos templos gregos e romanos, as basílicas cristãs foram construídas com a fachada voltada para o leste.

Exploremos a basílica cristã por dentro. Era uma réplica exata da basílica romana usada pelos magistrados e oficiais romanos. As basílicas cristãs possuíam uma plataforma elevada de onde os clérigos ministravam. A plataforma tinha uma elevação com vários degraus. Também havia uma grade que separava o clero dos leigos.

No centro do edifício ficava o altar. Era uma mesa (mesa do altar) ou arca coberta por uma tampa. O altar era considerado o lugar mais santo do edifício por duas razões. Primeiramente, este continha relíquias dos mártires. (Após o século V, a presença de uma relíquia no altar era essencial para a legitimação da igreja). Em segundo lugar, a Eucaristia (o pão e o cálice) estavam sobre o altar. (...)

É interessante que a maioria dos edifícios das igrejas modernas possuem cadeiras especiais para o pastor e seus auxiliares situadas sobre a plataforma atrás do púlpito. Assim como no caso do trono do Bispo, a cadeira do pastor geralmente é a maior! Tudo isso são vestígios da basílica pagã.

Somando-se a tudo isso, Constantino não destruiu templos pagãos em uma larga escala, nem tampouco os fechou. Em alguns lugares os templos pagãos existentes foram esvaziados de seus ídolos e convertidos em edifícios cristãos. Os cristãos usaram materiais das ruínas de templos pagãos e construíram novos edifícios cristãos nesses locais.(...)

No século XVI, os reformadores herdaram a sisuda tradição dos edifícios. Em um curto período de tempo milhares de catedrais medievais passaram para seu controle.
(...)

A principal mudança arquitetônica dos reformadores refletiu sua teologia. Eles colocaram o púlpito no centro dominante do edifício em vez da mesa do altar. (...)

Nas igrejas luteranas, o púlpito foi movido para frente do altar. O púlpito dominou nas igrejas reformadas e o altar finalmente desapareceu sendo substituído pela “mesa da comunhão”. Hoje é impensável um culto protestante sem a presença da “mesa sagrada"!

O púlpito ocupa uma posição central na Igreja Protestante. Tanto que um famoso pastor em conferência patrocinada pela Associação Evangelística de Billy Graham disse: “Se a igreja vive é porque o púlpito vive — se a igreja está morta é porque o púlpito morreu”. O púlpito é daninho porque eleva o clero a uma posição de proeminência. Como seu próprio nome diz, este coloca o pregador no centro do “palco” — separando-o e colocando-o no alto acima do povo de Deus.
(...)

Podemos Superar esta Tradição?

O edifício é um obstáculo, não uma ajuda. É algo que rasga o coração da fé cristã — uma fé que nasceu das salas das casas. Cada domingo pela manhã você se senta em um salão com origens pagãs e construído sobre uma filosofia pagã.
Não existe a menor prova de base bíblica para o edifício da igreja. No entanto, você, precioso cristão, continua a pagar um bom dinheiro para santificar seu piso e seus tijolos. Fazendo isso, você apóia um palco artificial e um auditório onde você fica passivo e impedido de ser natural ou íntimo. (Mesmo que você usufrua um doce companheirismo no estacionamento lotado, este é silenciado quando você chega diante da porta e entra dentro do salão).

Não temos idéia do que perdemos enquanto cristãos quando criamos o edifício da igreja. Chegamos a ser vítimas de nosso passado. A tradição nos faz cair.
Fomos engendrados por Constantino que nos deu o privilégio de sermos donos de um edifício. Fomos cegados pelos romanos e gregos que nos impuseram suas basílicas hierarquicamente estruturadas. Fomos enganados pelos godos que nos impuseram sua arquitetura platônica. Fomos seqüestrados pelos egípcios e babilônicos que nos deram o campanário. E fomos fraudados pelos atenienses que nos impuseram suas colunas dóricas.

De alguma maneira fomos ensinados a nos sentir mais santos quando estamos na “Casa de Deus”. Herdamos uma dependência patológica de um edifício para adorar a Deus. Mas, na realidade, não há nada mais paralisante, artificial, impessoal, ou forçado que um edifício da igreja clínica. Em tal edifício, você não é nada mais que uma estatística — um nome em uma ficha para ser arquivada no escritório do pastor. Não há nada amistoso ou pessoal nisso.

Enfim, o edifício da igreja nos ensinou de uma maneira errada o significado da igreja e sua finalidade. O edifício é uma negação arquitetural do sacerdócio de todos os crentes. É uma contradição da verdadeira natureza da ekklesia — a qual é uma comunidade contracultural. O edifício impede nosso entendimento e experiência de que a Igreja é o Corpo funcional de Cristo que vive e respira sob sua direta direção sem intermediários.

Cristianismo Pagão - Frank Viola

Reflexões sobre o dízimo

"Mas, antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da lei, e nela encerrados, para essa fé que de futuro haveria de revelar-se. De maneira que a lei nos serviu de aio para nos conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos justificados pela fé. Mas, tendo vindo a fé, já não permanecemos subordinados ao aio. Pois todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus; porque todos quantos fostes batizados em Cristo, de Cristo vos revestistes. Dessarte não pode haver judeu nem grego; nem escravo nem liberto; nem homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus. E, se sois de Cristo, também sois descendentes de Abraão, e herdeiros segundo a promessa" (Gálatas 3.23-29).

Se dermos o dízimo para cumprirmos a lei da Antiga Aliança, só podemos dar dez por cento. Mais do que isso é transgressão da lei.

Se contribuirmos com um valor proposto em nossos corações e conforme nossa prosperidade, podemos dar mais de dez por cento, ou menos, dentro dos critérios da Nova Aliança em Cristo Jesus. Vivemos sob a égide do Evangelho da Graça e não sob a escravidão da lei.

"Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas"(Hb 8.6)

"Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro. Ora, o que foi tornado velho e se envelhece perto está de acabar" (Hb 8.13).

1. Os dizimistas não precisam deixar de dizimar pelo simples fato de receberem a revelação do Evangelho da Graça, desde que o façam com alegria e espontaneamente, e seja assim que propõem em seus corações.

2. Nessa condição, os filhos de Deus não temerão o devorador se, em algum momento, derem um centavo (R$0,01) a menos ou a mais do que determina a escravizante lei da antiga aliança.

3. Os dizimistas da graça não farão mais detalhada conta para saber se estão cumprindo rigorosamente a lei; se o dízimo é sobre o líquido ou sobre o bruto do salário; se deverão dizimar sobre herança ou venda de propriedade, e tantas outras preocupações legalistas.

4. Os contribuintes da graça têm liberdade de flexibilizar suas ofertas para mais ou para menos de acordo com sua prosperidade, e farão sem receio de serem chamados roubadores de Deus.

Pr. Airton Evangelista da Costa

Assembléia de Deus Palavra da Verdade

http://www.palavradaverdade.com/

OBS.: Finalmente uma explicação coerente sobre o dízimo!
É a primeira vez em 13 anos de caminhada cristã que leio algo sobre "dízimo" que posso enfim concordar! Ah, se todos os pastores fossem assim! (R. Reis)

sexta-feira, dezembro 26, 2008

Marcas Do Que Se Foi... Feliz 2009!

"Este ano quero paz no meu coração

Quem quiser ter um amigo que me dê a mão

O tempo passa e com ele caminhamos todos juntos

Sem parar, nossos passos pelo chão vão ficar

Marcas do que se foi, sonhos que vamos ter

Como todo dia nasce novo em cada amanhecer"

("Marcas Do Que Se Foi" - música gravada por Os Incríveis - composição de Roberto Pera e Flecha)

Se o ano foi bom, o findamos com alegre satisfação relembrando as conquistas e desejando que estas continuem no ano vindouro.
Se o ano foi ruim, desejamos mais do que nunca que este termine rapidamente e que o novo ano traga enfim boas novas.
Ah, quanta coisa eu poderia ter feito e não o fiz ou por falta de ânimo ou por falta de oportunidade ou subsídios.

Fim de ano após fim de ano, essa música sempre me vem à mente.
Lembro da minha mãe quando a ouço.

Lembro também de um comercial que ajudei a produzir em 2001 com essa canção em BG (fundo musical). (Ao mesmo tempo em que minha vida mudou tanto nesses sete anos, não mudou muito. Eu sei!)

Talvez eu tenha um tipo de “síndrome de ansiedade” misturada a um perfeccionismo que quer tudo para ontem. E não enxerga tanto os progressos feitos. E que gostaria de ter dez anos a menos com a vida que tenho hoje para vivê-la de uma forma melhor. E por isso me sinto tão frustrada e até revoltada. E sempre pensando “e se...”.

Preciso melhorar. Preciso entregar dia após dia meus caminhos ao Senhor. Todos os dias de 2009. Todos os anos de minha vida. E que Ele, somente Ele venha guiar minhas atitudes e escolhas. Está nas mãos de Deus os meus sonhos e projetos para o Ano Novo. Obrigada, Senhor, pela minha vida!!!

Feliz Ano Novo!
Feliz 2009!

por R. Reis

quarta-feira, dezembro 24, 2008

O Natal e os evangélicos

Algo que me deixa irritadíssima é alguém vir com aquele velho discurso que Jesus não nasceu no dia 25 de dezembro, que isso é uma festa pagã, que essa data era um feriado pagão, que é pecado, enfim...

Existe até um texto superchato circulando via e-mail "10 razões para o evangélico não comemorar o natal" (ou algo assim)...

Para quem já é convertida há 13 anos como eu, já passou por poucas e boas no meio evangélico, já "cri e descri" em tanta coisa que me foi colocada goela abaixo, que já foi na onda de tanto vento de doutrina, que deu a volta por cima e hoje é uma apologeta chata de galocha, hoje não aceito mais essa conversinha, esse nhém-nhém-nhém de que não posso comemorar o Natal !!! .

Eu li, estudei, pesquisei, sou auto-didata. Não preciso desse lero-lero de texto-spam de e-mail! Quem dera se as pessoas pesquisassem, lessem livros confiáveis e não meros best-sellers "gospel", afff... (viram quantas expressões clichês eu usei só nesses últimos parágrafos? kkkk!)

Quantas zilhões de coisas pagãs estão incorporadas no meio cristão e evangélico!!! Se fosse para retirar tudo, mas tudo mesmo, sorry , caro irmão, você hoje deixará de viver no evangelical mode on que está tão acostumado... E assim, para não ser pagão, você deixará de ir ao templo, sim!!! Pois foi algo introduzido por Constantino no século IV. Tem tantas práticas eclesiásticas que são pagãs! .

Sugiro a leitura do livro Cristianismo Pagão - Frank Viola (Baixe este e-book aqui: http://www.esnips.com/doc/07f0b99a-22de-4a6f-ab73-f2191a04158f/evangélico---frank-a-viola---cristianismo-pagão ou http://semeadores.net/blog/?p=83)

Esses dias (e para variar, como todo ano nessa época) estava lendo uma discussão sobre esse tema, daí achei o máximo tudo o que li, fiz umas adaptações e retirei uns trechos para postar aqui. Assino em baixo, pois é exatamente o meu pensamento:
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Eu gosto muito do espírito de Natal. Nunca vou deixar de comemorar.
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Pra mim , celebra-se o nascimento de Jesus e pronto. Ceia, presentes é a manifestação de alegria e celebração da vida.
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Acho linda a decoração de Natal, as luzes piscando, os pinheiros enfeitados. A mesa posta, a confraternização.
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Já armei minha árvore e enfeitei minha casa porque acho bonito. Gosto de músicas natalinas e contos natalinos também.Esqueci de mencionar as cantatas nas igrejas.Se fosse pra tirar de nossa tradição PROTESTANTE/EVANGÉLICA tudo aquilo que foi inserido de pagão ao longo dos séculos nos costumes da igreja, a gente ia ter que tirar muita coisa, inclusive os próprios templos, o costume de se fechar o olho pra orar, etc.
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Os crentes que condenam a celebração de Natal, afirmando ser um ritual pagão, não deveriam também receber o 13º salário, pois é uma gratificação natalina.

As pessoas que vieram das cidades do interior fizeram seus registros de nascimento em datas bem posteriores ao seu nascimento, devido a ausência de cartórios em suas cidades, ou pela condição precária de locomoção, etc.
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Porém isso não impede que hoje comemorem seus aniversários, mesmo conscientes que aquela não é a data certa. Ora, estariam impedidos de realizar uma festa pelo simples fato de não terem a data certa do nascimento?
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Talvez você diga: "-Ah, mas com relação a Jesus é diferente..." Porque?? O intuito do seu coração não é o de honrar ao Senhor pelo seu nascimento ocorrido há mais de dois mil anos?!Assim como os aniversários, a festa de Natal para nós tem outro sentido, outro significado. Se você vai comemorar o Natal ou não, é uma decisão sua. .

Só quero deixar bem claro que não há nenhum respaldo bíblico para se proibir alguém das festas de fim de ano.
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E, antes de terminar essa minha reflexão, venho informar que abomino Papai Noel e afins, que não tenho imagem dele em minha casa, mas sim - tenho árvore de Natal, pisca-pisca e lindos bonequinhos de neve para irritar os mais ufanistas desse país tropical. E teremos uma linda Ceia de Natal, de acordo com nosso bolso e com as bênçãos do Senhor! E viva o Senhor Jesus!

E tenho dito!


por R. Reis

(Fonte: pesquisas pessoais)

O Natal do Noel

Em todo o período de festas natalinas, não ouvi nem vi nas propagandas, entrevistas e programas televisivos, nem nas ornamentações públicas qualquer menção ao nome do Senhor Jesus, cujo suposto nascimento no dia 25 de dezembro é a principal razão das festividades.

Nas reuniões em família, onde há fartura de comida e de bebida embriagante, também não se ouve falar do Salvador. Um paradoxo! Afinal, estão festejando o quê? Qual a razão de tanta alegria? Decorre ou não decorre do nascimento de Jesus há mais de dois mil anos?

As razões dos folguedos são as mais variadas: dia apropriado para trocar presentes; mais um feriado nacional; data propícia para rever velhos amigos, enviar a popularíssima e comercializada mensagem de “Feliz Natal e Próspero Ano Novo”; noite apropriada para saborear um peru recheado.

Se um fiel servo de Cristo aparecesse numa dessas reuniões “cristãs” e desejasse falar um pouco do Jesus bíblico, seu nascimento e ensino, como seria recebido? Convenhamos, não seria bem aceito em muitas casas. Em dez minutos de pregação, o ambiente ficaria carregado. Alguns, furtivamente, se retirariam para um local mais “seguro”, sem se esquecerem de levar o seu uísque e o prato com salgadinhos. A anfitriã, que houvera dado oportunidade ao intruso para uma breve palavra, ficaria em palpos de aranha.


- Minha festa vai perder o brilho – pensa com seus botões, enquanto, nervosa, dá uma tragada no seu cigarro. Mas oportunidade é oportunidade. O homem, a consultar de vez em quando a Bíblia, continua impassível falando sobre o nascimento de Jesus:

Não havia lugar – diz ele - na hospedaria para que Maria desse à luz o seu filho primogênito. Passados muitos séculos, não há lugar para Jesus em muitos lares. Há, sim, lugar de destaque para um boneco sorridente, de barbas brancas, vestido com as cores da igreja de satã: preto e vermelho. O deus-boneco, conhecido como Papai Noel, destronou o Senhor Jesus. As crianças são ensinadas a pedir presentes ao seu “papai”, o deus bondoso que a todos atende, entronizado e instalado na sala principal. Tudo parece girar em torno dele, para ele e com ele.

Nesse ponto, a anfitriã não mais consegue conter as lágrimas. Não por causa de alguma reflexão a respeito de sua miserável condição de pecadora. Está triste porque sua festa poderá ser um fiasco. O que dirão os colunistas sociais? Como é que isso pode acontecer logo comigo, eu que sempre primei pelo bom gosto?

Resoluta, segura o homem pelo braço e, com energia, “convida-o” a retirar-se. Em seguida, dirige-se aos convidados:

- Venham todos. Ele já se foi. Peço desculpas. Foi um acidente de percurso. Esqueçam o que aconteceu. Roda aí um forrozinho quente pra gente balançar o esqueleto! Depois bota aquela musiqueta da egüinha pocotó, pocotó, pocotó. E ela, para dar o exemplo, sai pela sala a balançar seus quadris e a convidar os demais para que a sigam.

Dada a voz de comando, o clima de alegria voltou a reinar. E a festa se estendeu até alta madrugada.

(07.01.2006)

Pr. Airton Evangelista da Costa

Vídeo pertinente:

O NATAL ATRAVÉS DOS SÉCULOS



É comum indagarmos: como foi que o Natal chegou até nós? Quando começou a ser comemorado? E os seus símbolos, quando foram incorporados à celebração?
Na antigüidade, quando o mundo pagão vivia a mais densa escuridão moral e religiosa, celebravam-se 2 festividades importantes na época do atual Natal: a FESTA DE YULE, original da antiga Escandinávia, e a SATURNÁLIA, entre os romanos.
A SATURNÁLIA era comemorada desde o dia 30 de novembro, indo até 2 de fevereiro, o chamado DIA DAS VELAS.

Chamava-se SATURNÁLIA em homenagem ao Deus SATURNO, a quem atribuíam o governo do mundo. A festa era celebrada através dos mais baixos comportamentos morais: atos de fornicação, homossexualismo, e toda sorte de orgias.Até o século 4 depois de Cristo o mundo comemorava em 25 de dezembro o DIA DO DEUS SOL, o “SOL INVICTUS”. Os cristãos, para substituir tal idolatria, decidiram comemorar o dia do nascimento de Jesus Cristo, o nosso SOL DA JUSTIÇA (Malaquias 4.2). Em 900 d.C. esse dia foi finalmente denominado DIA DE NATAL.
Como surgiu o PAPAI NOEL?

Bem, quando a Inglaterra foi invadida em 1066 pelos normandos, estes introduziram uma comemoração pagã , que simulava a coroação e o domínio de um rei de mentira, chamado “SENHOR DOS DESREGRADOS”, “ABADE DOS IRRACIONAIS”. Seu reinado era só para o período do natal. No século XV esse rei de mentira já era conhecido como PAPAI NOEL.Antes de 1880 o PAPAI NOEL já era popular nos Estados Unidos da América. Foi introduzido na América pelos ALEMÃES, que o identificavam com SÃO NICOLAU, um homem bom que dava presentes às crianças. Em 1890 ele assumiu a FORMA ATUAL.


Na ITÁLIA a “FADA BEFANA” é o Papai Noel, e enche as meias das crianças de presentes.
Na ALEMANHA o Papai Noel é o CAVALEIRO RUPRECHT, ou o DEUS ODIN, entidade pagã cultuada pelos antigos VIKINGS.

Na ALCÁCIA o Papai Noel é UMA MULHER!!!

O primeiro PERU foi servido em 1573, regado a ponche.
No SÉC. XVII os PURITANOS assumiram o poder na Inglaterra. Atacaram o Natal como uma festa pagã, dedicada a Saturno. Aboliram a comemoração.
Em 1644 decretaram DIA DE JEJUM em 25 de DEZEMBRO, pois o povo ainda insistia no Natal. O Exército gastava o dia todo arrancando as decorações de Natal da população.
O efeito da perseguição puritana contra o Natal foi tão feroz que em 1825 os seus costumes e enfeites foram catalogados em um antiquário!!!
Em 1836 o Natal foi celebrado pela primeira vez no ALABAMA, Estados Unidos.
Em 1841 o Príncipe ALBERT deu uma festa às crianças no Palácio de Windsor, incluindo na comemoração um objeto surgido em Londres em 1821: A ÁRVORE DE NATAL.

A ÁRVORE DE NATAL veio da ALE­MANHA, onde, antes do século XVII as tribos ger­mânicas a tinham como OBJETO DE ADORA­ÇÃO. No entanto, com a REFORMA PROTES­TANTE , MARTINHO LUTERO a introduziu como um ENFEITE NA­TALINO CRISTÃO., des­tituída de qualquer intenção de culto.
Em 1844 surgiu o PRIMEIRO CARTÃO DE NATAL.

Até 1850 o Natal EUROPEU ainda tinha COSTUMES PAGÃOS em suas comemorações, como por exemplo, pudins com conhaque em chamas, servido aos celebrantes.
Outros costumes pagãos foram criados, como por exemplo: contar histórias de fantasmas ao pé do fogo, pois, segundo os pagãos, o fantasma da família regressava no Natal à antiga morada.
Em Portugal são servidos, nesse dia, os BOLINHOS DA SORTE, e no Brasil comem-se UVAS BRANCAS para DAR SORTE. Pura superstição e falta de conhecimento bíblico...
Resta-nos dizer, nesta rápida pesquisa, que atualmente o Natal tornou-se motivo comercial, onde todos procuram vender de tudo e comprar de tudo, onde o verdadeiro sentido da festividade tem estado um tanto em baixa. Há quem pergunte quem é o tal do “Menino Jesus...”


“Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu. O principado está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” (Isaías 9.6)

FELIZ NATAL!

Pr. Wagner Antonio de Araújo
http://www.antesdeentardecer.blogspot.com/
http://br.mc546.mail.yahoo.com/mc/compose?to=bnovas@uol.com.br
http://www.uniaonet.com/bnovas.htm

segunda-feira, dezembro 22, 2008

"Vinte razões por que não sou protestante"

Pr. Airton Evangelista da Costa

Com a colaboração de Carlos Devaney e do pastor Norberto Carlos Marquardt.

Circula pela internet um artigo de apologética, sob o título acima, sobre os protestantes. A pedido de um irmão da Fé Reformada elaboramos a devida refutação a cada uma das questões levantadas. Vejamos:

1- Não sou protestante porque o protestantismo não existe desde o princípio do Cristianismo. Surgiu 1500 anos depois da era Apostólica. Suas igrejas são locais, regionais ou nacionais, não existindo uma Igreja Universal.
RESPOSTA – Mas o Cristianismo existe e é dele que fazemos parte. O Cristianismo é Universal. O católico Martinho Lutero, um dos expoentes da Fé Reformada, teve a coragem de protestar contra a venda de indulgências, um comércio que estava denegrindo o Cristianismo. A partir daí, o Cristianismo, sob a graça de Deus, seguiu seu caminho livre das heresias. A ruptura foi necessária num momento em que o catolicismo pretendia se estender por todo o mundo, sempre com a ameaça de colocar na fogueira seus opositores. Então o Cristianismo seguiu seu caminho com a verdade bíblica, tendo unicamente Jesus como Senhor, Mediador, Advogado e Intercessor, conforme as Escrituras (Pr Airton)

2 – Não sou protestante porque apesar da afirmação de que somente a Bíblia deve ser considerada como norma de fé e prática, eles não concordam entre si no tocante a pontos importantes, entrando assim, em contradições. São mais de 20.000 mil denominações diferentes. Cada uma pregando uma suposta verdade.
R – Se a Bíblia a norma de fé e prática do cristão não é uma afirmação dos crentes; é uma declaração da própria Palavra de Deus (Rm 10.17; 2 Tm 2.15; 3.16-17; 4.2). Há muitas denominações registradas em cartório, mas existe unidade na fé em Cristo Jesus. Desprezamos dogmas criados por homens. Não comemos pelas mãos dos outros. Cada crente examina as Escrituras, e debate, e troca opiniões, assim como faziam os primeiros cristãos. Vejam: “Estes foram mais nobres do que os de Tessalônica, pois de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (Atos 17.11). A Bíblia chama de “nobre” aquele que examina a Palavra e dela tira suas próprias conclusões. Somos uma só fé, uma só religião, uma só doutrina. Só adoramos o Santo dos santos, Aquele que morreu em nosso lugar. Não louvamos, nem adoramos, nem suplicamos a outros deuses (Mateus 4.10). Se alguma denominação ensina outro Evangelho, não faz parte do Corpo de Cristo, não é considerada cristã, não é Igreja de Jesus (Pr Airton).
3- Não sou protestante porque atribuem a si próprios o direito de interpretar a Bíblia. Acreditam ter uma iluminação pessoal vinda do Espírito Santo sem intermediários, ou seja, sem a Igreja. O mais interessante é a diferença que o Espírito Santo manifesta em cada uma das centenas (talvez milhares) de ramificações do protestantismo.
R - Fazemos o que Deus quer que façamos, ou seja, que nos dediquemos à leitura de sua Palavra, e nela meditemos dia e noite (Salmos 1), pois sabemos que "toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente preparado para toda boa obra" (2 Tm 3.16-17). O acesso à Bíblia não é proibido na Igreja de Cristo. Qualquer um pode ler; tendo dúvida, pede ajuda aos mais entendidos. Para isso, há escolas dominicais e cursos teológicos. Todo crente deve saber manejar bem a palavra da verdade para apresentar-se a Deus aprovado (2 Tm 2.15). Deus não quer ignorantes de Sua Palavra. Podemos recorrer também ao Espírito Santo que não está preso numa redoma de ouro e guardado num cofre; Ele está em nós (Sl 51.11; Lc 11.13; At 2.4; Ef 1.13; Rm 8.9; 1 Co 3.16,19) e nos ajuda em nossas fraquezas, pois Ele é uma Pessoa (Rm 8.16,26; Lc 12.12; 14.26; 1 Co 2.13). Temos iluminação pessoal? E Jesus não disse que somos a luz do mundo e sal da terra (Mt 5.13,14)? (Pr Airton).
4- Não sou protestante porque a doutrina não tem unidade, as igrejas não são infalíveis em questões de moral e fé. Suas hierarquias não são rígidas, os preceitos são secundários. A salvação está em somente crer em Cristo, mas sabemos que não basta somente crer, pois, é preciso viver a fé, e vivê-la em santidade. Daí os Mandamentos. Daí a moral que a Igreja ensina. Dizer que a salvação vem somente do crer em Cristo, é continuar vivendo vida injusta ou dissoluta, é mentir à própria consciência.
R - E os papas são infalíveis? E as histórias repugnantes sobre diversos papas? E a diabólica Inquisição? E o perdão pedido aos chineses, aos aborígines, a Galileu? Não é o reconhecimento de erros cometidos pelo catolicismo? A rigidez moral do catolicismo funciona? E o caso de assédio e violência sexual de sacerdotes católicos contra religiosas, em 23 países, para ficar só neste exemplo? Ensinamos o que ensina a Palavra. A fé no Senhor Jesus envolve arrependimento dos pecados; sem isso não há perdão nem salvação. A santidade faz parte da vida cristã. Quem nos convence do pecado é o Espírito Santo (João 16.8). As boas obras são decorrentes dessa fé salvífica. QUEM NELE CRÊ NÃO SERÁ JULGADO; QUEM NÃO CRÊ JÁ ESTÁ CONDENADO, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus (palavras de Jesus (Jo 3.18). Vejam também Romanos 10.9. Acontece que o catolicismo ensina a salvação pelas obras; mas não somos salvos pelas obras, mas para as boas obras (Ef 2.8). Ademais, “o justo viverá pela fé” (Romanos· 1.17) (Pr Airton).

5- Não sou protestante porque apesar deles lerem a Bíblia (embora sem alguns livros e com interpretações diversas) não possuem nenhuma autoridade superior Infalível, para declarar que uma palavra tem tal sentido, e exprime tal verdade.
R – Qual seria a autoridade infalível na Terra? Só surgiu um homem assim: Jesus Cristo, porque não tinha a mancha do pecado. A Palavra diz: “Seja Deus verdadeiro, e todo homem mentiroso”, e que “não há um justo, nem um sequer” (Rm 3.4,10). Não temos um PAPA falível, mas temos um Papai do Céu infalível capaz de suprir todas as nossas necessidades (Fp 4.19). ”O Senhor é o meu Pastor e nada me faltará” (Salmo 23) (Pr Airton).

6 - Não sou protestante porque eles negam a Tradição oral. Sendo que na própria Bíblia, Paulo recomenda os ensinamentos de viva voz (Tradição) que nos foram transmitidos por Jesus e passam de geração em geração no seio da Igreja, sem estarem escritos na Bíblia. Confira em (2 Tim 1,12-14).
R - Negamos a Tradição Oral porque ela foi a maior fonte de problemas já na teologia do Antigo Testamento, torcendo as palavras já escritas na Torah; e ela também tem sido comprovadamente a maior fonte de heresias no meio da Igreja Romana. No caso do Antigo Testamento, dizia Jesus aos fariseus: “MC 7.9 – “E dizia-lhes: Bem invalidais o mandamento de Deus para guardardes a vossa tradição”. Note-se que Deus não deixou nada escrito, tanto no Antigo Testamento como no Novo. Mas a existência de ESCRITURA deixada por Moisés e outros homens de Deus limitou todos os sermões de Jesus a somente o que estava escrito. Ele combatia tudo o que se afastasse do que estava escrito. Paulo e os demais apóstolos podiam aconselhar os irmãos a seguir o que dissessem, pois estavam VIVOS e seu testemunho era real. Após suas mortes, tudo o mais que alguém poderá dizer que ouviu deles é mera especulação. Tome-se por exemplo a Igreja da Galácia: tinha sido evangelizada e fundada PESSOALMENTE pelo apóstolo (At 18:23), mas isso não impediu que os crentes ali logo perdessem a fé genuína para os judaizantes, obrigando Paulo a, POR ESCRITO, trazê-los de volta à verdadeira fé: “(GL 4:11) - Receio de vós, que não haja trabalhado em vão para convosco”. “(GL 4:18) - É bom ser zeloso, mas sempre do bem, e não somente quando estou presente convosco“ “(GL 5:7,8) - Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade? Esta persuasão não vem daquele que vos chamou”. E Paulo termina sua pregação, por estar ausente, por meio de documento escrito: “(GL 6:11) - Vede com que grandes letras vos escrevi por minha mão”. Se isso aconteceu num curto período de tempo, ainda em vida do Apóstolo que evangelizou os gálatas pessoalmente e em sua ausência se perderam, o que não dizer de séculos de ignorância quando a Igreja de Roma inclusive PROIBIA a leitura da Bíblia por seus seguidores? A maior prova da falha da tradição oral está na Cronologia dos Dogmas, com doutrinas humanas criadas em épocas muito tempo após a morte dos apóstolos, sendo que não se encontra nenhum documento anterior prescrevendo tal doutrina na Igreja Primitiva (tais como Purgatório, Assunção de Maria, Concepção Imaculada de Maria, Oração pelos mortos, etc). Acreditar na Tradição Oral que nunca foi registrada na Igreja do primeiro século é combater o próprio ensino de Paulo, que escrevia cartas e mandava que fossem lidas em todas as Igrejas, intercambiando com outras que já havia escrito: “CL 4:16 - E, quando esta epístola tiver sido lida entre vós, fazei que também o seja na igreja dos laodicenses, e a que veio de Laodicéia lede-a vós também”. “1TS 5:27 - Pelo Senhor vos conjuro que esta epístola seja lida a todos os santos irmãos”.
E outra coisa importante: este argumento católico se baseia na carta a Timóteo, certo? Vejamos tal carta em sua totalidade:
1) Em todas as orientações que foram dadas sobre comunicação oral, os apóstolos ordenavam sobre pronomes pessoais: “palavras que de MIM tendes ouvido”;
2) Paulo nunca mandou alguém a obedecer quem não fosse apóstolo e queria que fosse ensinado o que saiu dele mediante TESTEMUNHAS: “(2Tm 2:2) - E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros”.
3) Paulo recomenda a perfeição do obreiro de Deus pela Palavra escrita e não incluiu a tradição em pé de igualdade: “(2Tm 3:16,17) - Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça; Para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente instruído para toda a boa obra”.
Mais um detalhe: para ser apóstolo, deveriam existir dois requisitos básicos: “(At 1:20-22) - Porque no livro dos Salmos está escrito: Fique deserta a sua habitação, E não haja quem nela habite. Tome outro o seu bispado. É necessário, pois, que, dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando desde o batismo de João até ao dia em que de entre nós foi recebido em cima, um deles se faça conosco testemunha da sua ressurreição”. Nenhum outro homem, além dos doze, merecia tal título. Paulo foi chamado Apóstolo dos Gentios devido ao seu chamado, não se considerava como um dos doze e depois dele nenhum outro homem mereceu este título, por não preencher os requisitos básicos do apostolado. Portanto, a autoridade apostólica morre com o último apóstolo, João, restando seus ensinamentos escritos, o que aliás foi o mais importante critério para determinação do Cânon do Novo Testamento pela igreja primitiva.

7- Não sou protestante porque algumas denominações batizam crianças, outras não as batizam; algumas observam o domingo; outras, o sábado; algumas têm bispos; outras não os têm; algumas têm hierarquia; outras entregam o governo da comunidade à própria congregação; algumas fazem cálculos precisos para definir a data do fim do mundo. Outras não se preocupam com isto, etc.
R - Se divergências operacionais ou de entendimento da Escritura fossem critérios para determinação de legitimidade, nunca a Igreja de Roma poderia ter tal título. O simples fato de ter um nome único de denominação não excluiu a verdade que os católicos possuíssem verdadeira bagunça doutrinária, ontem e hoje. Exemplos: a Inquisição era considerada divina a seu tempo, hoje é considerada ignorância pelos próprios católicos; as ordens de padres têm, cada uma, estilos de vida próprios e ensinos de santidade diferentes, como os franciscanos, os dominicanos, os adeptos da Tradição, Família e Propriedade (que negam a submissão ao papa), a Renovação Carismática (que para muitos padres ainda é mal vista e tratada como facção). Curiosamente, existe um livro chamado “Como Lidar com as Seitas”, do padre Paulo H. Gozzi, que diz textualmente, ao tratar das divergências internas da Igreja de Roma: “Há lugar para todo mundo na Igreja, para cada jeito de viver a fé e a comunhão. Há variedade de serviços, de dons, de atividades, mas o Espírito que dá essa diversidade é o mesmo. As diferenças existem para o enriquecimento espiritual de uns e outros, jamais para dividir e separar uns dos outros. Quem não gosta do jeito de um grupo, não precisa participar dele, participe de outro. Quando é que vamos aprender a viver em paz e harmonia e pluralismo, aceitando o jeito diferente de cada um ser o que é, dentro da mesma Unidade?” (páginas 64 e 65 da referida obra, 4a. edição da editora Paulus). É bom mesmo que esse padre pense assim, pois ele diz na página 39, ao falar sobre o Saravá - o Baixo Espiritismo: “Não devemos fazer acusações injustas, achando que essas religiões são do demônio (...) E nessa cultura tribal foram criando mitos e lendas religiosas que explicam os mistérios da vida, passando tudo isso de pai para filho. Essas religiões africanas são belas, puras e merecem o nosso profundo respeito”. Garanto que o Vaticano não pensa assim. Pelo menos três padres que conhecemos pensam BEM DIFERENTE disso... e onde está a unidade doutrinária, afinal não é um livro publicado por uma editora católica, que não imprime nada que seja protestante? Não vamos mais longe: e o Padre Quevedo, que diz que o diabo não existe e não existem possessões demoníacas, contrariando o próprio Evangelho?
Onde está a orgulhosa unidade católica, já que um herege como este não é excomungado por chamar o próprio Jesus de mentiroso?E, quanto ao hiato entre Cristo e os protestantes, temos a afirmar duas coisas:1) Esse hiato existe doutrinariamente e historicamente somente com a Igreja Católica de Roma, pois Jesus nunca fundou denominação alguma com base em Roma (cuja fundação foi num concílio presidido por um imperador romano, 3 séculos depois de Cristo) e também o fundamento não foi Pedro, foi o próprio Cristo, segundo afirmação do próprio apóstolo em sua carta (1PE 2:3,4,6) – “Se é que já provastes que o SENHOR é benigno; E, chegando-vos para ele, pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa”, Por isso também na Escritura se contém: “Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; E quem nela crer não será confundido”. Paulo disse a mesma coisa: 1Co 3:11 –“ Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo”. EF 2:20 – “Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina’. 2) Mais importante que o hiato temporal, é o hiato Doutrinário, e nesse aspecto a Igreja Protestante ficou muito mais perto de Cristo ao voltar-se SOMENTE aos escritos apostólicos, recusando as dezenas de dogmas errados da igreja de Roma, mediante o lema “SOLA SCRIPTURA”.

8- Não sou protestante porque há passagens da Bíblia que eles não aceitaram como tais; a Eucaristia, por exemplo, Jesus disse claramente: Isto é o meu corpo (Mateus 26,26) e Isto é o meu sangue (Mateus 26,28).
R – Jesus também disse, claramente: “Eu sou a porta. Todo aquele que entrar por mim, salvar-se-á. Entrará e sairá, e achará pastagens” (Jo 10.9). Só um louco interpretaria literalmente essa palavra e admitiria que Jesus é uma porta e que os cristãos são ovelhas comedoras de capim. Ele disse: “Eu sou a videira verdadeira [fonte de vida espiritual], e meu Pai é o agricultor; vós sois os ramos” (Jo 15.1,2,5) Nem por isso admitimos que Jesus é uma árvore, o Pai é um plantador de arroz, e os cristãos são ramos. Está claro que essas expressões são figurativas. Ao dizer “Isto é o meu corpo” estava dizendo, realmente “Isto representa o meu corpo”. Se levarmos em conta a interpretação literal, Jesus ao levantar o pão estaria levantando seu próprio corpo. Ademais, naquela oportunidade, como todas as vezes por ocasião da ceia do Senhor, o pão continua com gosto e sabor de pão, bem como o vinho continua com o cheiro e sabor de vinho. Esses elementos não se transformam numa mágica no corpo de Jesus. Se assim fosse, Jesus teria engolido a Si próprio. Jesus não entra em nós pela ingestão do Seu corpo, mas entra em nossa vida quando O aceitamos de todo o nosso coração como Senhor e Salvador (Rm 10.9) (Pr. Airton).

9- Não sou protestante porque os supostos intérpretes da Bíblia não aceitam a real presença de Cristo no pão e no vinho consagrado, sendo que em (João 6,51) Jesus afirma: O pão que eu darei, é a minha carne para a vida do mundo. Aos judeus que zombavam, o Senhor tornou a afirmar: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do filho do homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Pois a minha carne é uma verdadeira comida e o meu sangue é uma verdadeira bebida.
R – A leitura e interpretação da Bíblia não devem ser privilégio de um grupo governante como na seita testemunhas- de-jeová e no catolicismo. Todos podem ler e interpretar livremente a Palavra de Deus, que é dirigida a todos indistintamente. Sobre o assunto eucaristia já falamos anteriormente. O pão não se transforma no corpo de Cristo. Ademais, Jesus instituiu a ceia em MEMÓRIA, para recordação do Seu sacrifício na cruz. Vejam: “Fazei isto em memória de mim” (1 Co 11.24-25). O sacrifício de Jesus não pode e não deve ser RENOVADO TODOS OS DIAS. Vejam: “Pois Cristo padeceu uma única vez pelos pecados” (1 Pe 3.18). Ele não precisa morrer outras vezes. Então, o culto da ceia do Senhor não objetiva crucificá-LO outra vez, mas recordar a Sua morte expiatória. “Comer a minha carne e beber o meu sangue” não pode ser interpretado literalmente, pois Deus não aprovaria um ato de antropofagia (comer carne humana com suas vísceras, cabelos e unhas). Nem sempre o significado de um texto é o significado literal, como mais acima foi explicado. Quando lemos que Ele é a pedra angular, o real fundamento da Igreja (1 Co 3.11; Ef 2.20) não podemos entender que Jesus seja realmente uma pedra. São figuras de linguagem. Vejamos os comentários de Norman Geisler em seu Manual Popular de Dúvidas: “Há muitas indicações em João 6 de que Jesus literalmente queria dizer que a sua ordem para comer a sua carne deveria ser considerada de uma maneira figurada. Primeiro, Jesus afirmou que a sua declaração não deveria ser tomada com um sentido materialista, quando ele disse: “as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida” (Jo 6.63). Segundo, seria um absurdo e um canibalismo considerá-la com um sentido físico. Terceiro, Ele não estava falando da vida física, mas da “vida eterna” (Jo 6.54). Quarto, ele chamou a si de “o pão da vida” (Jo 6.48) e contrastou esse pão com o pão físico (o maná) que no passado os judeus comeram no deserto (Jo 6.58). Quinto, Ele usou a figura do “comer” a sua carne paralelamente à idéia de “permanecer” nele (cf.Jo 15.4-5), que representa outra figura de linguagem. Sexto, se comer a sua carne e beber o seu sangue fosse tomado literalmente, isso seria contradizer outros mandamentos das Escrituras, que ensinam a não comer carne humana nem sangue (cf. At 15.20)”. Ademais, a salvação não está em comer o corpo de Jesus, mas em crer e obedecer (Jo 3.18,36; 5.24; 6.35; 7.38; 11.25; Atos 10.43; 13.39;16.31; Rm 1.16;10.9) (Pr. Airton).

10- Não sou protestante porque os mesmos não reconhecem o primado de Pedro, sendo que o próprio Jesus disse;Tu és Pedro (Kepha) e sobre esta pedra (Kepha) edificarei a minha Igreja; (Mateus16,18) .
R - “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt. 16.13-20). O catolicismo vale-se dessa passagem para afirmar que os papas são sucessores de Pedro. Nenhum dos modos de entender essa passagem dá suporte à posição católica. “Sobre esta pedra” poderá referir-se à firme declaração de Pedro, de que Jesus era “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16). Admitida a hipótese de a referência ser a pessoa de Pedro, este (Petros, pedra, em grego) seria apenas uma pedra no fundamento apostólico da Igreja (Mt 16.18), não a rocha. Pedro admitiu que Cristo é a principal pedra, a pedra principal, angular, preciosa, de esquina (1 Pe 2.7-8). E mais: a) No primeiro concílio em Jerusalém, Pedro apenas introduziu o assunto (At 15.6-11). Tiago teve participação mais importante: assumiu a reunião, deu seu parecer e fez um pronunciamento final (At 15.13-21). b) Paulo não diz que Pedro é a coluna da Igreja, mas que as “colunas” (no plural) são “Tiago, Cefas e João” (Gl 2.9); c) Paulo declarou que a Igreja é edificada “sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Jesus Cristo, a pedra angular” (Ef 2.20); d) Pedro não instituiu o celibato, pois era casado (Mt 8.14); e) Pedro não era e não se considerava infalível, pois foi advertido por Paulo porque ele não procedia “corretamente segundo a verdade do Evangelho” (Gl 2.14); f) A Bíblia diz que Cristo é o fundamento da igreja cristã, e que “ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo” (1Co 3.11); g) A Igreja primitiva perseverou na “doutrina dos apóstolos”, e não na de Pedro (At 2.42). Finalmente, Pedro não aceitava adoração (o beija-mão, o ajoelhar-se aos pés) conforme Atos 10.25-26. (Pr. Airton).

11- Não sou protestante porque eles não aceitam o sacramento do perdão e da reconciliação. Sendo que Jesus entregou aos Apóstolos e seus sucessores, a faculdade de perdoar ou não os pecados, e agir em nome dele. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; àqueles a quem não perdoardes, não serão perdoados" (Jo 20,23)
R - Pecadores não possuem poderes para perdoar pecados. O perdão dos pecados passa necessariamente pelo arrependimento sincero, e nenhum humano teria condições de saber quem está realmente arrependido. Só Deus pode perdoar pecados. Nem perdoamos nem vendemos perdão. Tiago 5.16 fala que devemos relatar nossas fraquezas uns aos outros, buscar auxílio mútuo em oração. É claro, mediante arrependimento os pecados serão perdoados por Deus. A Bíblia se explica a si mesma. Veja: “Se o meu povo... se humilhar, e orar e buscar a minha face, e se converter de seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e PERDOAREI OS SEUS PECADOS...” (2 Cr 5.17). Não se vê Pedro e Paulo, ou qualquer apóstolo, antes ou depois da ascensão de Jesus, perdoando pecados. Quando perguntaram a Pedro como proceder para ser justificado, ele respondeu: “Arrependei-vos e convertei-vos, para que SEJAM APAGADOS OS VOSSOS PECADOS, e venham os tempos de refrigério pela presença do Senhor”. Quando os escribas afirmaram que só Deus pode perdoar pecados, Jesus não corrigiu (Mc 2.7-12). Assim como os sacerdotes não podem salvar pecadores, mas podem anunciar a salvação dos arrependidos, segundo a Palavra, da mesma forma não podem perdoar pecados, mas proclamar o perdão dos que se arrependem, segundo a Palavra. Assim podemos entender João 20.23 (Pr. Airton).

12- Não sou protestante porque Jesus disse que edificaria sua Igreja sobre Pedro (Mateus 16,18), e as igrejas protestantes são constituídas sobre Lutero, Calvino, Knox, Wesley, etc. Entre Cristo e estas denominações há um hiato...Somente a Igreja Católica remonta até Cristo.
R – Uma pessoa humana não poderia ser a pedra de sustentação da Igreja de Cristo. Somente o próprio Cristo é a pedra angular (At 4.11; Ef 2.20), pedra espiritual (1 Co 10.4), pedra principal de esquina (1 Pe 2.7). Cristo é o fundador de Sua Igreja, “pois ninguém pode pôr outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Co 3.11). “Não somos estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos, e da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, sendo o próprio Cristo Jesus a principal pedra angular. Nele todo o edifício bem ajustado cresce para templo santo no Senhor; e nele também vós juntamente sois edificados para morada de Deus no Espírito” (Ef 2.19-22).
13- Não sou protestante porque Jesus prometeu à sua Igreja que estaria com ela até o fim dos tempos (Mateus 28,20), e os mesmos se afastam da única Igreja de Cristo, para fundar novas igrejas; que se vão dividindo, subdividindo e esfacelando cada vez mais, empobrecendo e pulverizando a mensagem do Evangelho.
R - Jesus Cristo conviveu numa época onde havia diversos tipos de denominações entre os judeus: saduceus, fariseus, herodianos e os zelotes. Não existe NENHUMA, sequer uma crítica a essa divisão por parte do Senhor Jesus em todos os Evangelhos. Nesse ponto, não importa se os nomes das placas são diferentes; importa se o Evangelho é pregado em sua forma mais pura: 1Co 1:23 – “Mas nós pregamos a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos”. Nunca, em momento algum, Cristo determinou que denominações seriam prova de inautenticidade, mas sim Ele prezava que as diferentes denominações não tivessem ERROS DOUTRINÁRIOS para com as Escrituras.. . e esse é justamente o ponto onde a Igreja de Roma erra, preocupando- se somente com o nome da placa. Matam-se os mosquitos, mas dá-se passagem ao elefante...

14 - Porque o subjetivismo protestante entra pelos caminhos do racionalismo e vêm a ser os mais ousados roedores das Escrituras (tal é o caso de Bultmann, Marxsen, Harnack, Reimarus, Baur...) Outros preferem adotar cegamente o sentido literal, sem o discernimento dos expressionismos próprios dos antigos semitas ; o que distorce, de outro modo, a genuína mensagem Bíblica.
R - No dia que a Igreja de Roma excluir o Padre Quevedo, que diz que o diabo não existe, no dia que a Igreja de Roma excluir os padres que acreditam em reencarnação, como os exibidos no Fantástico de 11 de Novembro/2001, no dia que a Igreja de Roma excluir o padre Gozzi que acha belo e puro o Candomblé, nesse dia eu vou acreditar que a Igreja de Roma não aceita SUBJETIVISMOS em seu meio... antes disso... é mera HIPOCRISIA E FALÁCIA.

15- Não sou protestante porque quem lê um folheto protestante dirigido a Igreja Católica, lamenta o baixo nível das argumentações, sendo imprecisas, vagas, ou mesmo tendenciosas; afirmam gratuitamente sem provar as suas acusações; baseiam-se em premissas falsas, datas fictícias, anacronismos etc.
R – A acusação recai sobre o acusador. Vemos nessas VINTE RAZÕES os erros pelos quais somos acusados. Ou seja, o baixo nível da argumentação, quase inexistência de uma base bíblica; um modo tendencioso de nivelar todas as denominações evangélicas, classificando- as como seitas. Em resumo, dizendo que fora do catolicismo não há salvação. São os mesmos erros cometidos no tempo de Martinho Lutero. O catolicismo seria o guardião da verdade. Mas Jesus disse claramente que quem nele crê não será condenado. A Bíblia diz claramente que a salvação é pela graça, mediante a fé (Ef 2.8). Não vem pelo batismo, nem pela ingestão do pão, nem pelo casamento, pelo crisma ou por qualquer outra obra. O ladrão da cruz apenas creu, e foi salvo (Lc 23.43). Uma coisa é acusação, outra é apontar as heresias e apresentar argumentos bíblicos (Pr. Airton)

16- Não sou protestante por que: eles protestam, criticam, censuram a fé Católica para substituí-la pela negação, pela revolta contra a autoridade do Papa etc. Esse é o laço que os une, pois a essência do protestantismo é a negação da Igreja Católica.
R – É um erro a expressão “fé católica”. Não existe fé católica nem fé evangélica, mas simplesmente a fé no Senhor Jesus, o nosso Salvador. Milhões substituíram a fé católica pela fé em Jesus. Ninguém será salvo por pertencer a esta ou àquela denominação. A salvação é pessoal e depende de nossa fé em Jesus Cristo (Jo 3.18; Rm 10.9; At 16.31). Não atacamos o Papa ou quem quer que seja. Quem assim faz não está se comportando como verdadeiro cristão. O Papa é autoridade máxima no catolicismo, mas não no Cristianismo. Logo, como não pertencemos ao catolicismo não estamos sob a autoridade papal. Negamos a Igreja Católica, mas não negamos a Cristo Jesus (Pr. Airton).
17 - Não sou protestante porque cada qual dá à Escritura o sentido que julga dar, e assim se vai diluindo e pervertendo cada vez mais a mensagem revelada. Lêem apenas, mas têm grandes dificuldades de estudarem a Bíblia e as antigas tradições do Cristianismo.
RCarece de prova a afirmação de que cada evangélico dá a interpretação que deseja aos textos bíblicos. As denominações evangélicas possuem teólogos, faculdades de teologia, escolas bíblicas, toda uma estrutura para orientar, ensinar, tirar dúvidas. Não há nenhuma norma proibindo a leitura da Bíblia, como aconteceu antigamente no catolicismo. Julgamos que todos são capazes de entender a Palavra de Deus (2 Tm 3.16-17). Dizer que temos grandes dificuldades “de estudar” a Bíblia é faltar com a verdade. É exatamente o contrário. Os evangélicos estão sempre portando a sua Bíblia. Ocorre o contrário no catolicismo, onde a maioria não tem o hábito de pelo menos ler as Escrituras (Pr. Airton)

18 - A grande razão pela qual o protestantismo se torna inaceitável ao Cristão que reflete é o subjetivismo que o impregna visceralmente. A falta de referenciais seguros, garantidos pelo próprio Espírito Santo (conforme João 14,26 e João 16,13I), é o principal ponto fraco ou calcanhar de Aquiles do protestantismo.
R – Muito pelo contrário, o protestantismo tem-se tornado aceitável pelos que descobrem a verdade. É inegável o crescimento real dos protestantes no Brasil. Todos os que vieram do catolicismo optaram pelos referenciais seguros apresentados pela igreja evangélica porque extraídos diretamente da Palavra. A Bíblia Sagrada é o ponto forte dos protestantes (1 Tm 2.2.15; 3.16-17) (Pr. Airton)
19- Não sou protestante porque esta diluição do protestantismo e a perda dos valores típicos do Cristianismo, estão na lógica do principal fundador Martinho Lutero;que apregoava o livre exame da Bíblia ou a leitura da Bíblia sob as luzes exclusivas da inspiração subjetiva de cada protestante; cada qual tira das Escrituras "o que bem lhe convém".
R – A objeção acima é uma repetição. Já falamos sobre o livre exame que é uma bênção, pois Deus ordena que todos leiam a Sua Palavra. Vejamos. “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” (2 Tm 2.15). “Bem-aventurados aquele que lê, e bem-aventurados os que ouvem as palavras desta profecia...”( Ap 1.3); “Bem-aventurado o homem que...tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite” (Salmo 1.1-2); “Examinais as Escrituras.. .” (Jo 5.39); “Estes foram mais nobres do que os de Tessalônica, pois de bom grado receberam a palavra, EXAMINANDO CADA DIA nas Escrituras.. .” (Atos 17.11). Logo, cai por terra o argumento do livre exame. A Escritura é para ser lida e examinada livremente. Não retiramos das Escrituras o que bem nos convém, porque nela tudo convém (Pr. Airton).
20 - Concluindo! Não sou protestante porque Maria Santíssima disse: Desde agora, todas as gerações me chamarão de Bem-aventurada; (Lucas 1.48), e nos cultos protestantes, seu nome, sequer é mencionado. Caiu no esquecimento. Quem cumpre (Lucas 1.48) é somente a Igreja Católica Apostólica Romana.
R - Deus não divide sua glória com ninguém (Is 42.8). Ele é soberano e somente a Ele devemos adorar (Mt 4.10). Maria morreu. A tentativa de comunicação com os mortos é abominação ao Senhor (Is 8.19; Dt 18.10-12). Na parábola do rico e Lázaro, Jesus informa que os mortos nada podem fazer pelos vivos (Lc 16.19-11). Bem-aventurada quer dizer feliz. Maria foi uma pessoa feliz. Jesus chamou de bem-aventurados os pobres de espírito, os que choram, os misericordiosos, os limpos de coração, etc (Mt 5). Então, por ter sido chamada de bem-aventurada, Maria não ficou investida das prerrogativas de mãe de Deus, mãe da humanidade, assunta aos céus, advogada nossa, sempre virgem, imaculada, depositária de preces, rainha dos céus, trono de sabedoria, etc. O nome da santa Maria é pronunciado por qualquer cristão, observando-se tudo o que a Bíblia diz sobre ela (Pr. Airton).

Cristianismo Pagão - Parte 3

SERMÃO: A VACA MAIS SAGRADA DO PROTESTANTISMO

Elimine o sermão e você eliminará a fonte mais importante de nutrição espiritual para a maioria dos crentes. Todavia, a surpreendente realidade é que o sermão não tem raiz nas Escrituras! Melhor dizendo, oriundo da cultura pagã, ele foi adotado e nutrido pela fé cristã. Esta é uma declaração alarmante. É verdade? Mas há mais.(...)

As Escrituras registram homens e mulheres pregando. Todavia, há uma grande diferença entre a pregação inspirada pelo Espírito, descrita na Bíblia, e o moderno sermão. Esta diferença quase sempre passa por alto porque fomos condicionados a não nos importarmos. Em vez de ajustarmos nossas práticas à Bíblia, lemos a Bíblia visando ajustá-la às nossas práticas. Então, equivocadamente, aceitamos o púlpito como algo bíblico. Vamos analisar isso mais de perto.

O moderno sermão cristão tem as seguintes características:

É uma ocorrência regular, proferido de cima do púlpito, pelo menos uma vez por semana.

É proferido quase sempre pela mesma pessoa, tipicamente pelo pastor.

É ministrado a uma audiência passiva; é essencialmente um monólogo.

É uma forma de falar culta, que possui uma estrutura específica.

Tipicamente, contem uma introdução, de três a cinco pontos e uma conclusão.
Contraste isto com o tipo de prédica mencionada na Bíblia. No AT, os homens de Deus pregavam e ensinavam. Mas sua falação não se encaixa com o sermão moderno.

Aqui vão as características das pregações e ensinos do AT:

Uma participação ativa e interrupções por parte da audiência eram comuns.

Eles falavam coisas que incomodavam os ouvintes abordando uma temática atual, em vez de apresentar um documento ou anotações rabiscadas em um papel.

Não há indicação que os profetas ou sacerdotes do AT proferissem discursos ou mensagens regulares para o povo de Deus. Além disso, a natureza das pregações do AT era esporádica, fluida e aberta à participação da audiência.

A pregação da sinagoga antiga seguiu um modelo similar.

Vamos agora ao NT. O Senhor Jesus não pregava um sermão regular à mesma audiência. Sua prédica e ensino consistiam de muitos formatos. Ele passava suas mensagens a muitas e diferentes audiências. (Certamente Ele compartilhou a maior parte de seus ensinos com os discípulos. Todavia, as mensagens que Ele compartilhou com eles foram consistentemente espontâneas e informais).

Seguindo o mesmo modelo, a pregação apostólica registrada em Atos dos Apóstolos possui as seguintes características:

Foi esporádica.

Foi proferida em ocasiões especiais para tratar de problemas específicos.

Foi extemporânea e sem estrutura retórica.(...)

O mais antigo registro cristão relacionado à pregação de sermões refere-se ao final do século II. Clemente de Alexandria (150-215) lamentava o fato dos sermões exercerem pouca influência nos cristãos. Todavia, apesar de seu reconhecido fracasso, o sermão chegou a ser uma prática normal entre os crentes no princípio do século IV.
Isto sugere uma questão interessante. Se os cristãos do século I não se destacavam por seus sermões, de onde os cristãos pós-apostólicos adquiriram o costume de proferir sermões? A resposta é contundente: O sermão cristão foi adotado diretamente da fonte pagã da cultura grega!(...)

Como é que o sermão grego foi parar dentro da igreja cristã? Por volta do século III, foi criado um vácuo quando o ministério mútuo do Corpo de Cristo se desvaneceu. Durante este tempo, o trabalhador itinerante que falava de uma forma espontânea deixou as páginas da história da igreja. Para substituí-lo, começou a surgir uma casta clerical. As reuniões abertas começaram a desaparecer, e as reuniões da igreja passaram a ser mais e mais litúrgicas.

Durante o século III, a distinção entre o clero e o leigo se disseminou rapidamente. Uma estrutura hierárquica começou a arraigar-se, e surgiu a idéia do “especialista em religião”. Em virtude destas mudanças, o cristão funcional teve problemas para ajustar-se a esta estrutura eclesiástica tão diferente do que era antes. Não havia nenhum lugar para exercer seus dons. Pelo século IV, a igreja tornou-se completamente institucionalizada e o funcionamento do povo de Deus congelou.

Nesse meio tempo muitos oradores pagãos se tornaram cristãos. Como resultado, idéias filosóficas pagãs foram inadvertidamente sendo introduzidas na comunidade cristã. Isso resultou em que alguns dos novos crentes durante este tempo eram, antes da conversão, oradores e filósofos pagãos. Lamentavelmente, muitos destes homens foram os primeiros teólogos da igreja Cristã. São conhecidos como “pais da igreja”, contudo algumas de suas obras estão conosco.

Assim, a idéia pagã de um orador profissional treinado para proferir discursos ou sermões mediante pagamento passou diretamente ao sangue do cristianismo. Note que o conceito de “mestre especialista assalariado” não veio do Judaísmo. Veio da Grécia. Era costume dos rabinos judaicos dedicar-se a um trabalho ou profissão para não ter que cobrar pelos seus ensinamentos.

Estes ex-oradores pagãos (agora cristãos) começaram a utilizar integralmente suas destrezas oratórias para fins cristãos. Eles se sentiam em seu cargo oficial e expondo o sagrado texto bíblico, como um sofista ao proferir uma exegese do texto quase sagrado de Homero...” Se você comparar um sermão pagão do século III com um proferido pelos pais da igreja, você encontrará a estrutura e a fraseologia de ambos bem similares.(...)

Cristianismo Pagão - Frank Viola

Perguntas Retóricas II

Quase três anos depois do texto Perguntas Retóricas, que rodou a internet e fez muita gente pensar, rir, refletir, vestir carapuças e ainda pisou em muitos calos, as perguntas continuam a vir, agora mais insistentemente do que nunca.
Mais uma vez, eu só queria saber…

1. Se Jesus nos ensinou a tratar a Deus como Senhor, por que tantos o tratam como se fosse o Papai Noel, o gênio da lâmpada ou até mesmo um empregado?

2. Palavras como “decretar”, “declarar” ou “determinar” devem ser ditas por Deus ou por criaturas finitas como nós?

3. Se João, na sua primeira carta, é bem claro que Deus só atende o que é pedido segundo sua vontade (I Jo 5:14), por que tanta presunção de alguns em dizer que é errado pedir a Deus que faça algo só se for da Sua vontade? Aliás, por que esses mesmos nunca equilibram Marcos 11:24 com I Jo 5:14 e acabam usando o versículo de Marcos para tratar Deus como se fosse um “gênio da lâmpada”?

4. Por que, nos púlpitos de hoje, se fala muito mais sobre vitória e sucesso do que sobre arrependimento?

5. Por que o bom samaritano não deu um folheto evangelístico nem “determinou a cura” do homem caído, mas preferiu fazer o óbvio, que era cuidar da necessidade dele? Por que Jesus, ainda por cima, nos mandou “fazer o mesmo”?

6. Por que a mulher que sofria de hemorragia e tocou em Jesus não disse, em tom de autoridade, “Senhor, eu não aceito essa doença!”, mas, pelo contrário, prostrou-se tremendo diante de Jesus (Lc 8:47)?

7. Por que os líderes que pregam sobre prosperidade são tão ricos, enquanto as suas ovelhas continuam, em sua grande maioria, pobres? Será que essa prosperidade só funciona para os líderes?

8. Se todos os crentes do sertão nordestino derem o dízimo fielmente, será que Deus “abrirá as janelas dos céus” e acabará com a seca de lá, ou será que aquela promessa foi feita no contexto da Aliança com Israel apenas?

9. Se a palavra “unção” aparece apenas duas vezes no Novo Testamento e a palavra “graça” aparece 138 vezes, por que será que nas pregações que se ouve na maioria dos púlpitos, TVs e rádios evangélicas essa proporção é invertida?

10. Por que tantos evangélicos idolatram alguns líderes, colocando-os muitas vezes como verdadeiros mediadores entre eles e Deus, e ainda criticam os católicos por fazerem a mesma coisa com santos mortos?

11. Se todas as pessoas no planeta tivessem o mesmo estilo de vida excessivamente luxuoso de alguns pregadores, será que o meio ambiente suportaria?

12. Será que Paulo, que passou necessidade e até fome (Fp 4:12), seria considerado pelos pregadores de hoje como alguém que tinha uma “vida abundante”?

13. Por que aqueles que citam Mc 10:29-30 e Lc 6:38 como promessas de prosperidade material não agem com coerência então, vendendo todos os seus bens e dando aos pobres para receberem de volta? Não seria mais fácil colocar essas passagens dentro do contexto correto e admitir que elas nunca foram promessas de prosperidade material?

14. Por que, mesmo o Novo Testamento sendo tão claro sobre Deus não habitar mais em templos feitos por mãos humanas, tantos crentes insistem em chamar o edifício onde congregam de “templo”, ou, o que é pior, “casa do Senhor”?

15. Por que tantos evangélicos citam (fora de contexto, claro) que não se deve “tocar nos ungidos”, como se esses fossem acima da crítica e infalíveis, e ainda por cima criticam os católicos por crerem na infalibilidade do papa? Aliás, onde está escrito no NT que ungidos são apenas os líderes, se I João 2 diz que somos todos ungidos?

16. Por que o conselho de Irineu de Lyon, que viveu menos de um século depois de ser escrito o Apocalipse, quanto a ser “mais seguro e menos perigoso esperar o cumprimento dessa profecia do que se entregar a elucubrações e conjecturas acerca de nomes”, tem sido tão negligenciado por aqueles que ficam esmiuçando supostos sinais da vinda de Jesus?

17. Por que tanta gente gosta de interpretar tragédias como juízo de Deus e negligencia o mandamento de chorar com quem chora?

18. Por que tanta gente canta “se diante de mim não se abrir o mar, Deus vai me fazer andar por sobre as águas”, se o mar só se abriu uma única vez e Pedro só andou sobre as águas também uma vez, e teve que se molhar todas as outras vezes? Aliás, não é presunção demais dizer o que Deus vai ou não vai fazer?

19. Será que essas pessoas que cantam “hoje o meu milagre vai chegar” nunca leram Tiago 4:13-15?

20. Por que tanta gente insiste em dizer que não podemos ficar doentes porque Cristo já levou nossas dores, se nós ainda morremos? Afinal, essas dores que Ele levou sobre Si não inclui a morte também? Não seria mais prudente e mais bíblico admitir que os benefícios de Isaías 53:4 só serão usufruídos plenamente na Nova Jerusalém, na eternidade?

21. Por que essas mesmas pessoas que dizem que os cristãos não podem ficar doentes e que podem curar tudo nunca curaram uma vítima de amputação?

22. Por que tanta gente age como se Deus não tivesse controle sobre tudo e estivesse constantemente sob ameaça do diabo, se a Bíblia diz que Deus usa até o mal para cumprir seus propósitos (Isaías 45:7 e I Reis 22:22-23)?

23. Por que nós somos tão brasileiros na hora de ver um jogo da Seleção mas nos esquecemos completamente disso durante os cultos? Será que, quando a Bíblia se refere a “toda tribo, língua, povo e nação”, o Brasil não estaria incluído?

24. Por que o samba e a bossa-nova são tão demonizados por sua associação com a vida boêmia, se Paulo disse que, para os puros, todas as coisas são puras, e que nada é errado em si mesmo exceto para aquele que assim o considera? Por que, por outro lado, tanta gente usa essas verdades bíblicas como pretexto para confundir “culto” com “festa”?

25. Por que tantos crentes confundem “querer agradar o mundo” com “não consumir produtos com a grife gospel” (incluindo aí músicas de qualidade questionável)? Aliás, será que essa idéia de ser pecaminoso ouvir músicas sem o rótulo “gospel” não seria uma jogada de marketing das gravadoras para manter cativo o seu mercado, por meio de intimidação? E ainda, desde quando “Gospel”, que significa “Evangelho”, virou grife?

26. Por que será que as únicas faltas consideradas suficientemente sérias para um líder perder sua credibilidade são os pecados de natureza sexual?

27. Por que muitas igrejas tratam melhor os ricos e influentes, colocando-os nos melhores cargos e dando-lhes poder de decisão, mesmo sendo neófitos, se Deus escolheu os que são pobres segundo o mundo para serem ricos em fé e herdarem o Reino (Tg 2:5)?

28. Por que muitos gostam de dizer que Deus está levantando uma geração disso e daquilo, que está restaurando isso e aquilo, e desconhecem completamente a História, esquecendo-se do que fizeram as gerações passadas? Por que será que essas pessoas nunca dizem que Deus está levantando uma geração de mártires?

29. Se não há mais qualquer condenação para quem está em Cristo Jesus, por que tantos líderes intimidam suas igrejas ameaçando-os com toda sorte de terror, inclusive a perda da salvação, se alguém ousar questioná-los ou não pagar suas obrigações financeiras?

30. Por que tanta gente que gosta de ver pecado em tudo condena a “aparência do mal”, baseando-se em uma tradução errada de I Ts 5:22, se Jesus nunca evitou esse tipo de coisa, mas, pelo contrário, andava com o pior tipo de gente da sua época e ainda foi chamado de “comilão” e “beberrão”? Por que não admitir que o versículo em questão se refere apenas ao exame das profecias, e que o termo se traduz melhor, naquele contexto, como “espécie” e não “aparência”?

31. Será que o fato de tanta gente abusar de supostos dons espirituais, principalmente línguas e curas, significa que não possa haver manifestações legítimas desses dons?

32. Se os “líderes de louvor” gostam tanto de dizer que há liberdade onde está o Espírito do Senhor, por que muitos deles quase sempre tiram a liberdade das pessoas, que são constrangidas a imitar seus gestos (levantar as mãos, repetir algo pra quem tá do lado, fechar os olhos, bater palmas etc.)?

33. Por que ainda não inventaram a “escova de dentes profética”, o “garfo profético”, o “lápis profético” e o “cano de descarga profético”, para combinar com a “dança profética” e outras coisas “proféticas”, já que tudo que fazemos deve ser para a glória de Deus? Em que a dança é melhor que essas outras coisas?

Só lembrando, perguntar não ofende! Se alguém souber…

Por Renato Fontes

Perguntas Retóricas




Estive pensando em algumas coisas ao longo dos últimos anos e, de tão intrigado que fico com algumas delas, decidi colocar minhas indagações na forma de perguntas. Algumas das perguntas ouvi de outros, como a 4, a 5 e a 6, que aprendi com Juan Carlos Ortiz (do livro “O discípulo”), mas a maioria veio de experiência própria.

Resolvi utilizar o mesmo estilo de argumentação de Philip Yancey, no seu livro “I was just wondering” (“Perguntas que precisam de respostas”, editora Textus). Afinal, como diz o ditado, “perguntar não ofende”...

Eu só queria saber:

1. Por que palavras como “paixão”, “fogo”, “glória”, “poder” e “unção” vendem muito mais CDs do que “graça”, “misericórdia” e “perdão”?

2. Por que aqueles que mais falam sobre “prosperidade” evitam sistematicamente textos como Tiago 2:5, I Timóteo 6:8 e Habacuque 3:17-18?

3. Por que se fala tanto em dízimo, defendendo-o com unhas e dentes, mas quase nada se fala sobre ter tudo em comum e outras coisas como “ajudar os domésticos na fé” e “não amar somente de palavra e de língua mas de fato e de verdade”? Em qual proporção a Bíblia fala de uma coisa e de outra?

4. Por que em Atos 4, quando os apóstolos foram presos, a igreja orou de forma tão diferente do que se ora hoje? Por que não aproveitaram a ocasião pra “amarrar o espírito de perseguição”, pra “repreender a potestade de Roma”, ou coisa semelhante?

5. Por que Atos 2:4 é muito mais citado como modelo do que era a igreja primitiva do que Atos 2:42?

6. Por que todo mundo sabe João 3:16 de cor, mas tão pouca gente sabe I João 3:16?

7. Por que 90% ou mais dos cânticos congregacionais modernos são na primeira pessoa do singular, quando a proporção nos salmos é muito menor?

8. Por que todo mundo aceita que Jesus curou e colheu espigas no sábado, aceita também que Deus ordenou que seu povo matasse vários povos rivais, mas se escandaliza absurdamente quando alguém diz que Raabe fez certo ao mentir para preservar duas vidas? O que vale mais, em situação de conflito, que um soldado pagão saiba a verdade ou a vida de dois homens? Será que se Raabe tivesse dito a verdade, teria sido elogiada em Hebreus 11?

9. Por que quase tudo que se vende numa livraria cristã foi produzido nos últimos 50 anos, se nosso legado é de 2.000 anos de História do Cristianismo? O que aconteceu com os outros 19 séculos e meio?

10. Por que tanta gente que acredita que a salvação é pela graça, ou seja, não é obtida sendo “bonzinho”, paradoxalmente acredita que ela pode ser perdida sendo mau? Pode algo ganho sem mérito ser perdido por demérito?

11. Por que a Igreja é muito mais rigorosa com pecados sexuais como o homossexualismo do que com a gula ou a ganância? Aliás, por que em tantas igrejas a ganância nem é vista como pecado, mas como virtude, disfarçada com o nome de “prosperidade”?

12. Por que tantos evangélicos chamam seus líderes de “apóstolos”, mas criticam os católicos por seguirem um líder chamado “papa”?

13. Por que, mesmo o Cristianismo crendo que o homem foi nomeado por Deus como o responsável pela criação, e que tudo que Deus criou é bom, são os esotéricos os que mais lutam pela defesa do meio-ambiente?

14. Por que, na maioria dos grupos de louvor no Brasil, não há espaço pra quem toca instrumentos brasileiros como o cavaquinho e o berimbau?

15. Por que todos os ritmos de origem na raça negra até hoje são considerados por alguns como diabólicos?

16. Por que alguém como Lair Ribeiro faria mais sucesso como pregador hoje do que, digamos, Francisco de Assis ?

17. Por que se canta tanto sobre coisas tão etéreas como “rios de unção” e “chuvas de avivamento”, ao passo que Jesus usava sempre figuras do cotidiano para ensinar, como sementes, pássaros e lírios?

18. Por que se amarra, todos os anos, tudo quanto é “espírito ruim” das cidades, fazendo marcha e tudo, mas as cidades continuam do mesmo jeito? Aliás, se os “espíritos ruins” já foram “amarrados” uma vez, por que todo ano eles precisam ser “amarrados” de novo?

19. Por que uma doutrina como o pré-tribulacionismo, que apregoa que Jesus vai tirar a igreja da reta de qualquer sofrimento ou perseguição, não faz sucesso algum na China, no Irã ou na Indonésia? Aliás, por que ela fazia tanto sucesso na China pré-comunista, e depois declinou por lá?

20. Por que se canta todos os dias “Hoje o meu milagre vai chegar”? Afinal, ele não chega nunca? Que dia está sendo chamado de “hoje”?

21. Por que Jó não cantou “restitui, eu quero de volta o que é meu”, nem declarou ou amarrou nada, muito menos participou de “campanha de libertação” quando perdeu tudo?

22. Por que tanta gente acredita que a terra e o universo foram criados há 6 mil anos, interpretando Gênesis 1 literalmente, mas esses mesmos nunca dizem que o sol gira em torno da terra, interpretando literalmente Josué 10, tampouco dizem que a terra é retangular, interpretando literalmente a expressão bíblica “os quatro cantos da terra”?

23. Por que nós nunca vamos ao médico e pedimos, “doutor, dá pra queimar essa enfermidade pra mim por favor”? Por que então se ora pedindo isso pra Deus? Seria correto orar assim pra Deus curar alguém enfermo por causa de queimadura?

24. Por que não se faz um mega-evento evangélico, desses que reúnem um milhão de pessoas ou mais, pra fazer um mutirão para distribuir alimentos aos pobres ou ainda para recolher o lixo da cidade? Aliás, por que se emporcalha tanto as cidades com óleo e outras coisas nos tais “atos proféticos”? Não seria um melhor testemunho limpá-la ao invés de sujá-la?

25. Por que as rádios evangélicas tocam tanta coisa produzida por gravadoras ricas e nada produzido por artistas independentes?

26. Por que se faz apelo ao fim de uma “pregação” que não fez qualquer menção ao sangue, à cruz, ao arrependimento, ou sequer ao pecado?

27. Por que se enfatiza tanto a ordem bíblica para pregar a Palavra e se negligencia tanto as ordens para fazer justiça social e alimentar os famintos? Quantas vezes cada uma delas aparece na Bíblia?

28. Por que Deuteronômio 28:13 (“o Senhor te porá por cabeça, e não por cauda”) é tão citado, ao passo que I Coríntios 4:11-13 (“somos considerados como o lixo do mundo”) ninguém gosta de citar?

29. Por que quem pensa diferente de nós é sempre “inflexível”, “fariseu” ou “duro de coração” (quando não chamamos de coisa pior)?

por Renato Fontes
(Mineiro de BH, cruzeirense, nascido em 75, engenheiro químico e violonista, casado e que gosta de estudar História do Cristianismo e a Bíblia.
E-mail: renfontes@hotmail.com)

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