terça-feira, fevereiro 15, 2011

Kathryn Kuhlman e o seu espírito guia


Joseph Chambers

Provavelmente, ninguém representou mais claramente o Movimento da Nova Onda do que Kathryn Kuhlman [que passaremos a chamar KK, nas inúmeras citações do seu nome]. Ela possuía uma sensação mística de si mesma, a qual não podia ser ignorada. Aqueles que a conheciam, ou freqüentavam suas reuniões, tornavam-se seus mantenedores ou então seus críticos. Pretendemos seguir uma proposta diferente, enquanto revemos sua vida e seu ministério.

Será possível que uma pessoa controlada por um espírito guia luciferiano acredite que está sendo controlada pelo Espírito Santo? Creio que sim! Satanás e seus asseclas são mestres na imitação e no engodo. Creio que o inferno será habitado por grandes multidões de pessoas que, realmente, acreditavam estar seguindo Deus, em suas vidas. De fato, Jesus falou sobre o Dia do Julgamento, quando deve acontecer o seguinte: “Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. (Mateus 7:22-23). Também haverá pessoas, na onisciente presença de Cristo, as quais Satanás enganou, e que cometeram erros por causa desse engodo, mas que o descobriram, ainda em tempo, arrependeram-se e terminaram suas vidas, na esperança da eterna redenção. Graças a Deus, Satanás tem perdido muitos dos seus cativos, porque o Senhor Jesus Cristo veio ao mundo “para libertar os cativos”. Se KK está na primeira, ou na segunda categoria, isto vai ser determinado pelo supremo julgamento divino, cujo resultado precisamos aguardar, na eternidade. Deus é justo e ninguém que se volte inteiramente para o Seu Filho será esquecido.

A vida de Kathryn Kuhlman

O homem que escreveu a biografia oficial de KK declarou que ela desejava que sua história fosse contada sem corte algum. Jamie Buckingham até poderia ter achado várias doutrinas contraditórias, mas, certamente, acreditava que KK foi uma mulher de Deus, e creio que a biografia que ele fez, de KK, foi honesta e verdadeira. Ela não nos conta uma história muito bonita. A vida de KK foi um mistério. Muitos eventos de sua vida foram camuflados com meias verdades, engano, confusão e falsa representação. Se o justo e o ímpio morrem conforme viveram, então a morte de KK foi uma prova de sua desobediência a Deus e de sua escravidão pelos falsos espíritos. De fato, de todos os mistérios que existem a seu respeito, sua morte foi a mais misteriosa. Algo esteve totalmente errado, nesse particular...

Mr. Buckingham começa a sua biografia, com estas palavras:

“Tanto na morte como na vida, ela viveu rodeada de mistério. Ela aparecia nas telas da TV, em plataformas distantes, como uma figura fantástica - corajosa em sua pregação, mas com tendência às lágrimas, quando proclamava suas curas às multidões enfermas. O mundo inteiro, desde os modelos da moda da Quinta Avenida, das estrelas de Holywood, até os bóias frias de Pittsburg, corriam pressurosos aos seus cultos de milagres. Num planeta atacado por moléstias físicas e trevas espirituais, ela representava aquele ingrediente, sem o qual a humanidade se sentia condenada - a esperança. Muitos eram curados. Outros, vendo nela a glória de Deus, entregavam suas vidas ao Cristo, que ela proclamava. Em seu discurso e estilo de vida, ela parecia representar a saúde, o amor e a prosperidade do Deus a quem ela servia com reverência. Para muitos, ela parecia quase imortal. De fato, Maggie Hartner, sua secretária particular, e “alter ego”, disse certa vez: “Mrs. Kuhlman nunca vai morrer. Ela vai ficar exatamente aqui, até a volta de Jesus.

Mas KK morreu. No dia 20/02/1976, num hospital desconhecido, numa cidade desconhecida, rodeada de pessoas que ela mal conhecia, com um homem do qual ela certa vez havia desdenhado [Oral Roberts?], segurando a alça do seu caixão, preparado para pregar no seu funeral. A mulher, que o Time Magazine havia dito ser “uma mulher realmente merecedora de um Santuário como o de Lourdes”, estava morta, aos 68 anos de idade”. (Daughter of Destiny, Jamie Buckingham, pp. 1-2).

No segundo parágrafo supra citado, ele menciona essa declaração publicada no Time Magazine. Numa segunda biografia de KK, escrita por Wayne E. Werner, intitulada “The Woman Behind the Miracles” (A Mulher Por Trás dos Milagres), foi escrito que era costume se usarem laranjas pagos, para visitarem os santuários com as aparições de Maria, os quais, na volta, visitavam as cruzadas dirigidas por KK. Era óbvio que os seus cultos de curas se encaixavam no mesmo nível das supostas aparições de Maria.

Os mistérios que envolviam sua vida incluíam, também, o local do seu nascimento. Em sua biografia oficial, Buckingham declarou:

“Exatamente porque KK apenas garantia que havia nascido numa casa grande, branca, de dois andares, este é outro dos muitos mistérios envolvendo sua vida. Mesmo assim, ela nunca desistiu dos seus mitos” (Ibid, pp. 11-12).

Desde o local do seu Nascimento, até o local de sua morte, KK viveu uma vida misteriosa, tendo deixado um misterioso legado.

Seu casamento e separação

“Quando pastoreava uma bem sucedida igreja, em Denver, (um antigo armazém de frente, transformado numa igreja de 2.000 membros), ela convidou o evangelista Burroughs A. Waltrip, para fazer um reavivamento. Mais, tarde, ele voltaria para um segundo reavivamento, quando anunciou que sua esposa havia se separado dele. Mais tarde, soube-se que ele havia escrito à esposa comunicando que não iria voltar para casa”. (Daugther of Destiny, p. 78). Ele e KK havia se envolvido, amorosamente. Casaram-se em 1938, mas existem registros de que eles estavam envolvidos, desde 1935. O registro seguinte apresenta a narrativa de duas testemunhas oculares sobre essa “love story”.

“Se não fora por um profundo compromisso que ele havia assumido, algumas semanas antes, o recém convertido Dennis Brown, teria abandoando, definitivamente a igreja, após ter visto KK abalando suas convicções, num caso com o evangelista casado, Burroughs A. Waltrip, naquela tarde verão, em 1935.

“Estacionei o carro. Minha esposa e eu estávamos nos dirigindo para o auditório, o qual ficava depois do escritório, da igreja (Brown se lembra). Visto como a porta estava entreaberta, os Browns deram uma olhada e quase desmaiaram: ‘Miss KK estava nos braços do evangelista’.

Eles voltaram e caminharam para longe do Tabernáculo de Reavivamento de Denver, entraram no carro e se foram. Mais tarde, encontraram uma Igreja Batista, localizada em Harvey Spangler e nunca mais voltaram ao Tabernáculo de Denver. (Entrevista telefônica com Dennis Brown, em 25/02/1992, conforme registro no livro “The Woman Behind The Miracles”).

Vamos passar ao registro oficial do seu anunciado compromisso com Waltrip, feito na igreja de Denver, em 1938:

“De pé, diante de sua congregação em Denver, no culto matinal de 15/10, KK anunciou que Deus lhe havia revelado um novo plano [N. T. - Sempre que um líder carismático deseja fazer uma besteira, depressa informa que teve uma revelação divina]. Ela e Waltrip haviam decidido juntar os seus ministérios. O quartel general do mesmo seria em Mason City, Iowa. Ela e Waltrip fariam turnos, indo e voltando dos cultos em Denver, a 800 milhas: ‘podemos realizar muito mais ficando juntos do que ficando separados’, ela proclamou.”

Mesmo que ela não tivesse mencionado o casamento, todos pareciam saber. Um grande mal-estar percorreu a congregação. Todos os rumores que esta havia escutado, sobre Waltrip se divorciando da esposa, a fim de se casar com KK, eram verdadeiros. Os homens ficaram de cara fechada, em seus bancos, olhando para KK sem querer acreditar. Como é que ela pudera fazer isso? As mulheres começaram a chorar. Algumas se levantaram e abandonaram o coral: ‘Logo uma mulher que havia pregado mensagens tão dinâmicas sobre a pureza e a santidade de vida! Uma mulher que havia sido um modelo de decência e compaixão divina! Será que tudo que ela havia dito não passava de mitos? Será que ela era incapaz de seguir o Senhor, o qual ela havia tão diligentemente encorajado os membros a seguirem, durante os últimos cinco anos? Onde ficara a sua força interior? E o poder? Outros poderiam pecar e apostatar, menos sua líder! Porque muito lhe havia sido dado, muito lhe seria exigido. Ela havia escolhido uma vida árdua e disso ninguém poderia duvidar. Todos sabiam que ela havia desistido do casamento, exatamente para construir o seu trabalho em Denver. Mas, desistir de tudo, agora? Jogar fora tudo isso por causa de um homem divorciado, que havia abandoando a esposa e dois filhos? Não podia ser verdade!’

‘Não, Kathryn, não diga isso. Por favor, não faça isso’. Era Helen Gullford, sentada diante do piano, com a face lívida e os olhos marejados de lágrimas.

Earl Hewitt, que cuidava dos negócios de KK e era o pregador substituto, baixou a cabeça e se ajoelhou, arrasado! Mr. Anderson sentou-se em silêncio. O que ele tanto havia temido, acontecera”.

KK acenou com as mãos, dramaticamente e tentou esclarecer a situação: ‘Não estou abandonando vocês. Vou voltar!’ (Daughter of Destiny, pp. 82-83).

Logo após o casamento, tanto Waltrip como KK, abandonaram as duas igrejas que haviam pastoreado. Buckingham diz que ela vendeu sua parte do Tabernáculo de Denver a Earl Hewitt. Ele declara em seu livro:

“Ele havia se oferecido para comprar a sua parte do prédio. Ela aceitou e lhe entregou as chaves do seu reino. Tratando-se de uma pessoa possessa, ela não podia parar o que havia começado, mesmo que isso lhe acarretasse um peso maior do que ela podia suportar” (Ibid, p. 84).

Waltrip e KK continuaram evangelizando, juntos ou separados, em reuniões, durante os 8 anos seguintes. O registro de 1946 diz que eles se separaram e nunca mais se viram. Waltrip morreu na prisão, conforme o registro, por ter-se apropriado, indevidamente, do dinheiro de uma mulher.

Conforme os biógrafos oficiais de KK, ela sempre recusou-se a admitir que fora casada com Waltrip. Buckingham registrou uma ocasião em que ela mentiu para os repórteres, que a questionavam:

“Então, como a contestação estava no auge, apareceu uma história, na primeira página de um jornal de Akron, revelando que o time de repórteres havia escavado o passado de KK e descoberto que ela havia se casado com um homem divorciado e dele se divorciado, alguns anos antes.

KK explodiu. Não foi uma cena agradável. Isso porque, durante sete anos, ela havia ficado livre do escândalo antigo, o qual agora se apresentava, mostrando, novamente, sua cara feia, exatamente quando ela imaginava ter conquistado a vitória.

Quando Robert Hoyt, do Akron Beacon Journal, entrevistou-a, ela negou que havia se casado:

‘Nós nunca nos casamos. Nunca fiz votos conjugais’, ela falou, com olhos flamejantes. ‘Quer saber o que aconteceu? Vou dizer agora. Eu desmaiei, fiquei desacordada, logo antes de fazer os votos’. Apontando o dedo para o repórter, ela gritou: ‘Esta é a verdade e que Deus me ajude’.

Hoyt insistiu: ‘Temos uma fotocópia da sua certidão de casamento’.

‘Se eu assinei essa certidão, ela me foi trazida para ser assinada. Não me lembro de ter assinado esse papel. Além disso, não creio que isso possa fazer qualquer diferença, isto é, se eu fui ou não fui casada. E isso é tudo que posso dizer’. (Ibid, pp. 129-130).

KK viveu faustosamente, tornado-se um modelo para as líderes da Nova Onde, de hoje.

Sua indumentária era muito mais do que “vestidos preciosos” contra os quais Paulo admoestou os crentes, na 1 Timóteo 2:9. Dizem que ela comprava suas roupas nos lugares mais caros e pagava até 500 dólares por uma beca, para ser usada no palco. Hoje uma peça desse tipo chega a custar mais de 5.000 dólares. KK viveu em esplendor, rodeada de objetos de arte, com uma vida aproximada do tipo que levam as estrelas de cinema. Sua biografia diz que ela era uma “apaixonada pela mística de Holywood” (Ibid, p. 262) [N. T. - Li o mesmo a respeito de Joyce Meyer, uma das líderes da Palavra da Fé].

Um capítulo nebuloso

Seu envolvimento com Dino Kartsonakis foi profundamente criticado pelo seu staff e pelos amigos. Ralph Wilkerson, uma pastor californiano, apresentou Dino a KK. Ele era conhecido como “um jovem e elegante pianista, com um velo perfil grego”. KK se apaixonou por ele, na mesma hora. Ela o apresentou num grande show da TV. Ficou oficialmente registrado que Dino se vestia com os trajes mais finos, os quais ele jamais poderia comprar com o próprio dinheiro e KK lhe ensinou a vestir-se com estilo. Ela até o mandou para a Itália, a fim de ter os seus ternos confeccionados ali; hospedava-o nos melhores hotéis, tendo financiado o seu disco e o caderno de música.

Buckingham conta:

“Por sua vez, ela se sentia bem na companhia de um homem jovem e elegante, sentado ao seu lado, nas viagens aéreas, dando gorjeta aos porteiros e chamando o táxi. Os empregados, no escritório de Pittsburg, diziam que Dino era um Gigolô, cuja companhia era paga por KK.

Steve Zelenko, o recepcionista do escritório de Pittsburg, viu o perigo e tentou avisá-la: ‘Miss Kuhlman, isso não parece correto. O cara é simpático, é alegre, é arejado. Ele é alguém que está fazendo o maior sucesso, enquanto a senhora envelhece. Tenha cuidado!’.

‘Sei muito bem o que estou fazendo. Sei que parece que ele está me usando, usando o meu dinheiro, mas sei o que estou fazendo. Não se preocupe’ (Ibid, pp. 262-263). [N. T. - Mulher velha, quando se apaixona por um homem, jovem fica idiota. Que Deus me livre de cair numa ratoeira desse tipo!].

O Mistério de sua morte

Enquanto sua vida foi envolta em nuvens, com muitas dificuldades inexplicáveis, sua morte se assemelhou a uma tempestade final... Um espetáculo muito triste. Ela se envolveu com Tik Wilkerson e sua esposa, no último ano de sua vida. Mr. Wilkerson era o diretor da Universidade Oral Roberts. Durante os poucos meses de envolvimento com Mr. Wilkerson, ele a convenceu a comprar um jato LEAR, por 750.000 dólares. Controlava cada ponto e sua vida. Ajudou, com o seu próprio Advogado, a mudar o testamento dela e controlava todos os que a visitavam no hospital. Controlou todos os arranjos do seu sepultamento e não permitiu que o seu cadáver fosse visto pelos amigos. Foi assim que terminou o último capítulo da vida terrena de KK.

O registro desses eventos em suas biografias revela um cenário extremamente triste e até sinistro. Seus associados mais próximos ficaram de coração partido e totalmente decepcionados. A Kathryn Kuhlman Foundation foi deixada sem um centavo, muito embora, em seu testamento feito dois anos antes, ela houvesse feitos arranjos apropriados para que esse ministério continuasse. Vejamos o que constava no seu testamento, 02 anos antes de sua morte:

“Em janeiro de 1974, KK revisou o seu testamento, no qual ela doava a Jerome e Helen Stein, de Portland, Oregon, uma valiosa pintura ‘em apreciação pela bondade evidenciada pelo Sr. e Sra. Stein, à minha irmã Mirtle Parrott, quando ela precisou, desesperadamente, de sua generosidade’.

Seus restantes artigos tangíveis foram deixados para Marguerite (Maggie) Hartner, ‘para serem totalmente conservados ou, então, distribuídos, conforme sua vontade, uma vez que ela conhece meus desejos em geral, com respeito aos mesmos’ (KK tinha dado a Maggie informações detalhadas sobre quem, na organização, deveria receber determinados itens de sua casa e de sua coleção de jóias). De um modo característico, ela incluía: ‘Durante a minha vida, eu sempre dei assistência a minha irmã, Geneve Dickinson e aos seus filhos Gary e Robert, bem como à minha sobrinha Virginia Crane e a seus filhos Paul, Collene e Theresa... Por isso, não estou deixando provisões diretas para eles, aqui’.

O restante de sua propriedade deveria ser dividido em cinco porções, entre suas irmãs Mirtle Parrott, Marguerite Hartner; Charles Loesch, Marion Marsh e Walter Adamack. Estes deveriam receber 5% do valor líquido das aplicações financeiras, numa base anual. Se houvesse alguma coisa deixada, após o falecimento dos cinco, o restante seria dado à Kathryn Kuhlman Foundation. William Houston e o National Pittsburg Bank foram nomeados como trustees, para distribuir os fundos com as cinco pessoas mencionadas”. (Ibid, p. 299).

Mas este era o testamento antigo!!!

“O novo testamento era totalmente diferente daquele que havia sido feito, dois anos antes. Neste, ela dava quantias substanciais a 14 pessoas, que eram parentes ou empregados, no seu escritório em Pittsburg. Entre estes, estava Mirtle Parrott, Marion Marsh e Steve Zelenko. Quantias menores iriam para dez outras pessoas, no valor total de 267.500 dólares [N.T. - Apenas isso numa fortuna avaliada em milhões de dólares???].

Depois disso, o testamento dizia ‘Todo o restante e o resíduo de minha propriedade, imóveis e objetos pessoais, de qualquer espécie, onde quer que se encontrem, quer seja ou não em investimentos, estou dividindo entre o Sue Wilkerson e D. B. Wilkerson Jr, conjuntamente, totalmente livres e isentos de quaisquer condições, ou restrições de toda espécie’.

Irwin E. Ungerman, de Tulsa, Oklahoma, foi nomeado como executor deste [novo] testamento”. (Ibid, pp. 300-301).

Provavelmente, mais triste do que o seu testamento foi o tratamento dado aos seus restos mortais e o tratamento dispensado àqueles que haviam dedicado suas vidas, por amor a KK. Seu funeral foi descrito da seguinte maneira:

“Tink Wilkerson tratou dos arranjos do funeral e do sepultamento, no Wee Kirk ó The Heather, no Forest Lawn Memorial Park, em Glendale, Califórnia. Até mesmo aqui, a controvérsia envolveu KK. Wilkerson, conforme Buckingham escreve, havia ordenado que ninguém visse o cadáver, exceto ele e sua esposa. Quando planejou o culto memorial, Wilkerson pediu que Oral Roberts falasse. Roberts disse que não estava preparado para o que ele achava ser o Wee Kirk ó The Heather e disse: ‘Quando cheguei à capela, foi que eu soube que Wilkerson havia me escolhido para ser o orador principal’.

Visto como Roberts havia conhecido KK há pouco tempo, ele achava que a outros, em Pittsburg, deveria ter sido confiado esse papel. Ele se sentia honrado em prestar essa homenagem a KK, mas se sentia constrangido.

Contudo, ter deixado David Varsilli e outros fora do culto memorial, foi o primeiro tapa na cara da Fundação. Dias depois, todos ali iriam conhecer o novo testamento, o qual tem sido motivo de contínua controvérsia, até os dias de hoje.” (The Woman Behind the Miracles, p. 240).

Mr. Wilkerson, diretor da Oral Roberts University e os amigos de Roberts foram acusados de fraude, em conexão com os seus negócios com automóveis, em 1992, por duas cortes distritais dos Estados Unidos. (Ibid, 242). Visto como eles tinham, aparentemente, uma conduta reprovável em assuntos comerciais, é fácil imaginar sua conduta com relação aos assuntos de KK. Será que Wilkerson agiu em seu próprio interesse, ou no intuito de desviar a riqueza de KK (registrada em milhões de dólares) para a Oral Roberts University? Existe, é claro, a possibilidade de que todo o seu estranho controle sobre KK tenha sido, realmente, em obediência a Oral Roberts, pois foi registrada uma desavença entre este e KK, os quais eram rivais.

Kathryn Kuhlman e a Religião Mundial

KK foi, aparentemente, a primeira ministra do mundo evangélico pentecostal a colocar os fundamentos do novo movimento para unificar todas as religiões. Seu biógrafo oficial, Jamie Buckingham, disse que KK não gostava de dirigir os seus cultos sem a presença de padres católicos na plataforma, conforme declarou:

“Ela dedicava um amor especial aos médicos e queria vê-los, no palco ou nas primeiras filas do auditório. O mesmo acontecia com relação aos padres e freiras católicos, especialmente quando estavam ‘usando hábitos’. Nada a excitava mais do que ter 30 ou 40 clérigos católicos, especialmente usando colarinho, isto é, hábitos, sentados atrás dela, durante a sua ministração. De um certo modo, isso parecia emprestar uma certa autenticidade ao que ela estava fazendo - ajudando a criar uma atmosfera apropriada à confiança e à compreensão, tão necessárias num culto de milagres. (Daughter of Destiny, p. 226).

Ela sentia uma especial afinidade pela grandiosidade do estilo católico. Quando KK foi a Las Vegas, para a sua cruzada, foi registrado o seguinte:

“Kathryn havia passado apenas uma vez por Las Vegas, onde entregou o Evangelho, com poder. Centenas de pessoas de Las Vegas, bem como os fiéis de Youngstown, Pittsburg e Franklin, haviam concordado em orar para que o Espírito Santo animasse a cidade. Não muito longe dali, um padre católico celebrou missa, na véspera, em favor daquele ajuntamento (The Woman Behind the Miracles, pp. 229-230).

Por favor, lembrem-se que é durante a missa católica que o pão e o vinho são, supostamente, transformados no corpo e sangue de Cristo. Milhões de protestantes morreram como mártires, por terem rejeitado essa blasfema doutrina. Será que a afinidade de KK com os dogmas católicos não contribuiu para a evidente derrocada, nos círculos pentecostais, levando a uma diluição doutrinária, rumo ao engodo e ao comprometimento? Certamente é no que eu acredito... KK foi uma ecumenista sem ‘portfólio’”. (Ibid, p. 15).

Jamie Buckingham ainda acrescenta:

“Em 1948, enquanto os ecumenistas designavam programas para a unificação denominacional, KK abria os portões, provocando uma corrida de protestantes, ortodoxos orientais, judeus e outros grupos, a maioria destes relacionados com igrejas, embora outros, não. Eles voltavam na semana seguinte, sempre e sempre”. (Ibid p. 15).

Isto, certamente, teria sido aceitável, se as pessoas - fora da igreja - tivessem abraçado uma separação, em suas vidas, ao estilo do Novo Testamento. Foi isso que Jesus fez.

Em 11/10/1972, o papa JP2 recebeu KK em audiência particular, no Vaticano. Mr. Warner declarou:

“Cumprimentando-a pelo seu ‘admirável trabalho’, ele aconselhou-a a ‘fazê-lo bem feito’ e deu-lhe de presente um medalhão de ouro com uma pomba gravada, simbolizando o Espírito Santo”. (Ibid, p. 172).

Pessoas caindo no Espírito, ou no espírito?

O Novo Testamento, que é o nosso modelo perfeito [de crença e prática], não registra qualquer evento, no qual um ministro fizesse os crentes caírem ao chão. Estes fenômenos [importados do paganismo] certamente começaram a acontecer com KK e outros evangelistas da cura. Não há dúvida de que todo grande reavivamento tem começado com o Espírito Santo convencendo os crentes dos seus pecados, fazendo-os se prostrar com o rosto em terra, em sinal de arrependimento.

A exclusividade desse fenômeno, começando com KK, tem sido com a imposição pessoal de mãos sobre a pessoa. Em alguns casos, as mãos podem não tocar a pessoa, mas, geralmente, ela é discretamente empurrada pelos chamados “ganchos” ou condutores, ficando ao chão, apenas por alguns segundos.

Depois que KK apareceu, cessou qualquer distinção entre quem estava caindo, incluindo rabinos judeus, padres e freiras católicos, pessoas não salvas, enfim, qualquer pessoa que se prestasse a uma oração especial. Isso é o suficiente para estabelecer, definitivamente, a ausência de validade e de suporte bíblico. O Espírito Santo nunca age, indiscriminadamente [ou por imposição de homens], com o Seu toque divino sobre a vida humana. Além disso, tudo que Ele faz é para honrar o Nome de Jesus Cristo, sempre com um propósito absolutamente profundo. O Reino de Deus não trata com emoções humanas, nem com atividades sensoriais. O fator mais extraordinário é que esse questionável fenômeno tem-se espalhado pelas igrejas, no mundo inteiro, seguindo, exatamente o modelo iniciado por KK.

Kathryn Kuhlman e seus espíritos guias

Estou pessoalmente convencido de que KK era controlada por um ‘espírito guia’, o qual se fazia passar pelo Espírito Santo. Não parece haver outra explicação plausível. Cheguei a esta conclusão, após uma árdua e sofrida pesquisa. As citações contidas no [herético] livro de Benny Hinn - Bom Dia, Espírito Santo - podem oferecer uma idéia da ligação de KK com outro espírito, em vez de com o Espírito Santo...

As palavras de KK, conforme citadas nesse livro, revelam uma visão, extremamente incomum, desse espírito. O Espírito Santo jamais fala de Si mesmo. Ele sempre glorifica Jesus Cristo na igreja:

“Mas, quando vier aquele, o Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir. Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu, e vo-lo há de anunciar”. (João 16:13-14).

KK estava profundamente envolvida com esse espírito, que a possuía. Ela vivia falando do seu receio de que ele a abandonasse. Às vezes, até mesmo durante os cultos, ela ficava atrás do palco, esperando que ele se manifestasse. Quando isso acontecia, ela se tornava elétrica, agindo como os maiores atores. Hinn prossegue em sua descrição sobre esse espírito [no livro supra citado], falando da ênfase que KK dava a esse espírito [que ele imaginava ser o Espírito Santo]: “Em minha igreja, o pastor falava sobre o Espírito Santo, mas não assim. Suas referências tinham a ver com os dons, as línguas e as profecias. E não assim: ‘Ele é meu amigo, o mais próximo, o mais pessoal, o mais íntimo e o mais amado’. KK estava falando sobrre uma pessoa que era mais real do que você ou eu”. (Ibid, p. 9).

O “Espírito Santo” do tempo moderno

Existe, claramente, algo errado, na ênfase atual dada ao Espírito Santo. O apóstolo Paulo declarou: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo.” (Gálatas 6:14). O engodo está proliferando, à medida em que as igrejas exaltam a operação do Espírito Santo, o que não acontece na verdade bíblica. Eventos inteiros do calendário eclesiástico estão sendo projetados no sentido de promover o Espírito Santo (ou o espírito?), a fim de inculcar essas novas idéias, nas mentes das pessoas. Um Pentecoste sem a cruz é apenas um holocausto religioso.

Benny Hinn, o qual exalta KK como sua mentora [diante de cujo túmulo ele costuma fazer orações, pedindo um aumento da unção recebida], declara, na capa do seu livro já mencionado:

“Como se conhece (o Espírito Santo). É tão simples como quando a gente está quase adormecendo e escuta uma voz, que lembra: ‘Você não orou hoje’, ou então, ‘Você hoje não leu a Palavra de Deus. É o Espírito falando, acordando sua alma. Você já O conhece, mas Ele anseia para que você O conheça melhor.” (Ibid, capa).

Não! Jamais! O Espírito Santo deseja que você conheça Jesus Cristo, mais profundamente. Ele nunca fala de Si mesmo, mas somente de Jesus. Espíritos mascarados e espíritos guias têm se tornado a marca registrada das igrejas da Nova Onda [carismáticas]. Creio que isso começou com KK e outros ministros, continuando, hoje, com Benny Hinn e um grande número de igrejas carismáticas. A única mensagem legítima da igreja é a mensagem da cruz, da obra completa de Cristo na cruz do Calvário. Acontece que a perda da separação e da santidade de vida, conforme a Bíblia, é o que está conduzindo os crentes à apostasia. Essa apostasia está sendo, agora, satanicamente controlada pelo programa da Única Religião Mundial, preparando-se para enganar uma multidão liberal. “E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade”. (2 Tessalonicenses 2:11-12).

Esse engodo precisa ser denunciado. Os que continuam usando a verdade bíblica e a santidade de vida serão arrebatados pelo SENHOR da igreja, o próprio Jesus Cristo.

Artigo “Kathryn Kuhlman And Her Spirit Guide” - Joseph Chambers, Let Us Reason Ministries”.

Traduzido por Mary Schultze, em 10/07/2008.

Grifos, etc., são da tradutora.

www.cpr.org.br/mary.htm

Um comentário:

  1. Muito grande o texto,mas conseguir ler tudinho. hehehe

    Estava muito interessado em saber da vida Kathryn Kuhlman, que já vi comentários dando enfase de uma grande mulher de Deus.
    Como não conhecia nada sobre ela, e na verdade estava mais lendo sobre Benny Hinn, o herege(acredito que seja por causa do mau testemunho desse homem e seus ensinamento estranho)
    Só o fato de Benny Hinn ir no túmulo dessa mulher buscar unção já da pra ter a ideia como esse homem esta longe do caminho da verdade.E não é o Espírito Santo que manifesta na vida dele.(creio eu)Não acredito que o Espírito Santo usa um homem desse e depois faz uma heresia dessa de visitar um tumulo de um morto.Isso pode incentivar a muitos cabeças fracas a seguir essa pratica que mais parece vinda do espiritismo

    Estava lendo a respeito deles e acabei descobrindo que suas heresias tem base inspirada por Kathryn Kuhlman nos tempos que Ben Hinn se converteu.

    Essa parte eu rir, é uma grande verdade quando se trata de lideres bem conhecidos e querem justificar seus erros diante dos fieis.

    "De pé, diante de sua congregação em Denver, no culto matinal de 15/10, KK anunciou que Deus lhe havia revelado um novo plano [N. T. - Sempre que um líder carismático deseja fazer uma besteira, depressa informa que teve uma revelação divina]"

    Na verdade para se conhecer se realmente um líder espiritual esta condizente nas escrituras sagradas e o seu TESTEMUNHO CRISTÃO que pesa.
    Se não tiver testemunho, uma conduta moral digna que Deus exigi de todos nós, pode fazer cair fogo do céu, ressuscitar mortos que perde a credibilidade desse líder. Fora que A bíblia diz que o líder espiritual(pastor) deve ser IRREPREENSÍVEL.

    O pior que tem muitos que apesar do mau testemunho dessa mulher, com uma vida amorosa conturbada, muitos a considera uma grande mulher de Deus e leva com uma inspiração de vida a ser seguida.Triste isso.


    Agradecimento pelo post muito útil, como estudo para vigiamos contra os falsos profetas.

    Que Deus abençoe em nome de Senhor Jesus Cristo.

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