quinta-feira, julho 15, 2010

Você é um "marido bíbico"? Tem certeza disso? PARTE 1

O Padrão Divino Para os Maridos.

Se perguntarmos a qualquer homem casado: ”Você ama sua esposa?”, ele vai responder: ”È claro! Claro que sim!”.


Com esta resposta ele estará dizendo o que sente por ela ou, talvez, o que faz por ela em termos de cuidado e consideração. Todavia, o amor de que o apóstolo Paulo fala, “Maridos, amai vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela” (Ef 5.25), não é avaliado pelo que se sente, e nem mesmo pelo que se faz. Antes, esse amor é avaliado pelo sacrifício pessoal.


1ª parte


Marido, ame a sua esposa.


SACRIFIQUE-SE POR ELA

O Novo Testamento foi escrito
em grego. Nessa língua há três palavras que são traduzidas por uma só palavra em português:

-“Amor”. Eros é o amor passional, amor-sentimento, amor-desejo; vem daí a palavra “erotismo”. A palavra Eros não foi usada uma única vez no Novo Testamento; entretanto, esse é o sentido mais comum da palavra “amor”.


-Phileo significa o amor-afeição, o cuidado humano; daí vem à palavra “filantropia”. È um termo pouco usado no Novo Testamento.

-Ágape quer dizer: amor que se avalia pelo sacrifício. È usada frequentemente no Novo Testamento para descrever o amor de Deus e o amor que ele coloca no coração do homem. È deste amor que falam João 3.16, Romanos 5.5 e I Coríntios 13.


Paulo usou a mesma palavra – ágape – quando disse: “Maridos, amai vossas mulheres”, e está bem claro que o sentido é o de um amor que se dispõe a sacrifícios, pois ele continua: “...como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela”.(Ef 5.25.)



1. Alicerce espiritual do padrão de Deus para a família.

Á primeira vista, a posição de autoridade do esposo e pai sobre a mulher e filhos parece bem vantajosa para o homem: “Sou o senhor do meu castelo, o soberano, o governador de tudo.” Entretanto, é preciso ir mais além, pois a autoridade divina com que ele é investido tem Cristo como modelo, e a autoridade de Cristo está fundamentada no seu sacrifício. Só depois do Calvário foi que disse aos seus discípulos: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra”. (Mt 28.18).

A autoridade de Cristo e, portanto, a de um marido e pai, não é humana, nem carnal. Não é questão de uma pessoa poder dominar as outras. Trata-se de uma autoridade espiritual e divina, que se baseia em sacrifício pessoal.


2. O sustento da família.


A expressão mais evidente e básica dessa verdade pode ser observada no fato de que cabe ao marido sustentar a família. Um dos sintomas do colapso moral de nossa época é a facilidade com que o marido passa essa responsabilidade para a esposa. O fato de senhoras casadas, e mesmo com filhos, trabalharem já se tornou tão comum que raramente se pensa no grande desvio do padrão divino que isso representa, e em como os seus efeitos são prejudiciais à vida familiar. A responsabilidade de cuidar do sustento da família recai sobre o homem.

A mulher, de bem grado, a toma para si, devido à sua tendência natural para ser precavida quanto às coisas materiais, mas o fardo é pesado demais para ela. O homem foi provido de ombros mais fortes e tem, por natureza, uma estabilidade mental maior, que lhe permite suportar bem as pressões causadas por essas preocupações. A mulher fica desalentada e deprimida mais facilmente. Deus a fez assim e, por isso, também a poupou da responsabilidade de sustentar a família.


3. A mordomia cuidadosa dos bens.


A mordomia fiel e cuidadosa dos bens materiais cabe bem à esposa; o trabalho árduo e a preocupação de adquiri-los cabem somente ao homem.


A economia, o controle no gastar e a fidelidade são as virtudes domésticas da mulher; a atividade incansável para manter o bem-estar econômico da família é a tarefa do homem. O cuidado dos filhos e do lar é entregue à mulher, e já é o bastante. Que o marido cumpra a sua responsabilidade de sustentar a família para que a mulher não encontre pretexto de tomar para si mais do que lhe é atribuído.


4. O trabalho fora do lar.

Não há renda que compense o quanto à família perde quando a mãe gasta suas energias fora do lar. Que o marido, então, se encarregue de sustentar a família de modo adequado. Se ele, por vocação, abraçou uma profissão pouco rendosa, aos olhos de Deus não é desonra ele viver modestamente, dentro daquele limite de renda. Todavia, é vergonhoso deixar que a vontade de possuir coisas materiais nos leve a rejeitar o padrão que Deus estabeleceu para o próprio bem da família. Assim como a Igreja deve confiar somente em Cristo para a provisão de tudo o que precisa, assim também todas as necessidades da esposa e dos filhos devem ser supridas através do trabalho do marido.


5. Renunciando a comodidade.

Se for necessário que ele renuncie em parte à sua comodidade e ao prestígio de que goza junto aos amigos, por ter que limitar o seu padrão de vida àquilo que ele pode, sozinho, prover para a família, estará fazendo exatamente o que Deus espera dele. Esta é apenas uma ilustração do papel do marido, que é o de negar-se a si mesmo, isto é, expressar seu amor negando o seu eu, deixando de lado o orgulho e renunciando o conforto pessoal para servir à família.


6. O Plano de Deus.

Um homem que leva a sério a sua posição dentro do plano de Deus para a família precisa, portanto, experimentar na vida prática a realidade das palavras de Jesus: “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome, a sua cruz e siga-me.” (Mt 16.24).

Deus diz que o homem deve amar sua mulher. Porém, este deve ser o amor ágape, que é superior até ao amor mais sublime que um homem possa, no plano natural, sentir por uma mulher; é uma flor rara e divina, que só viceja onde o eu é negado, sacrificado e entregue à morte. A ordem de Deus aos maridos – “amai a vossas esposas” – implica em um chamado para a comunhão dos sofrimentos de Cristo, a comunhão da cruz.

È verdade que este “amor” pode parecer tão intangível e espiritual que bem pouco poderia proporcionar da calidez, do conforto e da segurança de que a mulher precisa para enfrentar os embates diários da vida e do casamento. Todavia, vejamos como ele é prático e real.


(Pr. Luiz Cezar de Souza - http://www.ensinamentocristao.com.br/)

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