terça-feira, dezembro 22, 2009

Por quê 25 de dezembro?

Jesus nasceu no ano 6 ou 7 antes da era cristã.
A comemoração do Natal de Jesus surgiu de um decreto.

Natal é a celebração do grande amor de Deus, o dia em que Deus nasceu no mundo, trazendo
paz, luz, amor, esperança, uma nova aliança, uma nova vida. O Filho de Deus, Jesus de Nazaré, nasceu em Belém, como uma criança humilde e marginalizada e encontrou todos e todas neste mundo, oferecendo-lhes a presença e a reconciliação de Deus. Em torno deste acontecimento há muitas decisões e tradições herdadas do passado.

Nos relatos bíblicos não encontramos nenhuma referência sobre a data do nascimento de Jesus. Naquela época os calendários eram muito confusos. Os antigos calendários romanos tinham, às vezes, semanas de quinze dias e meses de dez dias, de acordo com a vontade do Imperador reinante. O povo em geral não conhecia as datas de nascimento, casamento ou falecimento. Não existem registros históricos a respeito de "Festas de Aniversário" na Antigüidade.

Sobre o nascimento de Jesus sabemos muito pouco. Ele nasceu antes da morte de Herodes Magno (Mt 2.1; Lc 1.5), que faleceu na primavera de 750 da era romana, quer dizer: no ano 4 antes de Cristo. Conforme estudos o ano mais provável do nascimento de Jesus é 7 ou 6 antes da era cristã.
As primeiras comunidades cristãs não comemoravam o nascimento de Jesus. Somente a partir do ano 350 o Natal começou a ser comemorado no dia 25 de dezembro. Em torno da escolha desta data há uma longa história.

Os Celtas, por exemplo, tratavam o Solstício do Inverno, em 25 de dezembro, como um momento extremamente importante em suas vidas. O inverno ia chegar, longas noites de frio, por vezes com poucos gêneros alimentícios e rações para si e para os animais, e não sabiam se ficariam vivos até a próxima estação. Faziam, então, um grande banquete de despedida no dia 25 de dezembro. Seguiam-se 12 dias de festas, terminando no dia 6 de Janeiro.

Em Roma, o Solstício do Inverno também era celebrado muitos séculos antes do nascimento de Jesus. Os Romanos o chamavam de Saturnálias (Férias de Inverno), em homenagem a Saturno, o Deus da Agricultura, que permitia o descanso da terra durante o inverno.

Em 274 o Imperador Aureliano proclamou o dia 25 de dezembro, como "Dies Natalis Invicti Solis" (O Dia do Nascimento do Sol Inconquistável). O Sol passou a ser venerado. Buscava-se o seu calor que ficava no espaço muito acima do frio do inverno na Terra. O início do inverno passou a ser festejado como o dia do Deus Sol.

A comemoração do Natal de Jesus surgiu de um decreto. O Papa Júlio I decretou em 350 que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado no dia 25 de Dezembro, substituindo a veneração ao Deus Sol pela adoração ao Salvador Jesus Cristo. O nascimento de Cristo passou a ser comemorado no Solstício do Inverno em substituição às festividades do Dia do Nascimento do Sol Inconquistável.

Outras curiosidades estão relacionadas com este dia 25 de dezembro. O calendário que adotamos hoje é uma forma recente de contar o tempo. Foi o Papa Gregório XIII que decretou o seu uso através da Bula Papal "Inter Gravissimus" assinada em 24 de fevereiro de 1582. A proposta foi formulada por Aloysius Lilius, um físico napolitano, e aprovada no Concílio de Trento (1545/1563). Nesta ocasião foi corrigido um erro na contagem do tempo, desaparecendo 11 dias do calendário. A decisão fez com que ao dia 4 de outubro de 1582 sucedesse imediatamente o dia 15 de outubro do mesmo ano. Os últimos a adotarem este calendário que usamos foram os russos em 1918.

O fato interessante desta correção é que o Solstício do Inverno foi deslocado para outra data. Dependendo do ano o início do inverno se dá entre o dia 21 e o dia 23 de dezembro. A razão fundamental para a comemoração do Nascimento de Jesus no dia 25 de Dezembro se perdeu com essa mudança no calendário. Mesmo assim o Natal continuou a ser comemorado no dia 25 de dezembro.

Para nós, habitantes do Hemisfério Sul, há menos razões ainda para se comemorar o Natal no dia 25 de dezembro. Nesta data vivemos os primeiros dias do verão e não do inverno. Porém, herdamos as tradições cristãs que vieram do Hemisfério Norte.

Mesmo assim vale celebrar este ato de amor maravilhoso de Deus: Deus veio ao mundo e inaugurou uma nova vida entre nós. Este é o motivo da nossa festa. Vamos juntos, povos do norte e do sul, celebrar e festajar o Natal de Cristo, a chegada do amor de Deus ao mundo.

Por Guilherme Lieven

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Nossas Escolhas


A maioria de nossos problemas decorre de nossas escolhas erradas. Em muitos casos, geramos nossos próprios dissabores.

Não que esta seja uma verdade absoluta, salvo se atentarmos para o fato de que todos os males da humanidade tiveram origem na desobediência do primeiro casal. Deixemos a teologia e meditemos em casos concretos.

O homem passa a vida toda ouvindo a advertência de que o cigarro contém umas quatro mil substâncias tóxicas, das quais se destaca a nicotina; é advertido sobre as drásticas conseqüências que isso poderá causar ao corpo. Mas usa de sua liberdade de escolha e continua no vício.

A Medicina adverte para os malefícios do álcool; para a imperiosa necessidade de "se beber, não dirija"; as estatísticas indicam milhares de vítimas fatais no trânsito por causa do alcoolismo. Porém, milhares usam do seu livre arbítrio e continuam dirigindo embriagados.

A Medicina adverte para os cuidados com uma alimentação saudável; para evitar comida gordurosa que eleva as taxas de colesterol; para evitar um acidente vascular cerebral (AVC) que mata milhares todos os anos... Mas muitos não dão ouvidos a essas advertências. Muitos morrem porque não seguem as orientações das placas de trânsito quanto à velocidade máxima e às paradas obrigatórias. Questão de livre escolha.

As penitenciárias estão lotadas de homens e mulheres que fizeram escolhas erradas.

Voltando à teologia, Jesus disse o seguinte: “Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaço o caminho que conduz á perdição, e muitos são os que entram por ela” (Mt 7.13). Portanto, são muitos os que escolhem a porta do pecado, e não são poucos os que, diante do vendaval da vida, colocam a culpa em Deus: Por que Deus permitiu? A culpa não é dele. Nossas escolhas é que foram erradas.

07.12.2009

Pr. Airton Evangelista da Costa

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