Muito frequentemente, [certas pessoas] dizem que não se pode confiar que o Novo testamento nos dê uma descrição exata do que Jesus falou e fez. Elas garantem que os evangelhos são apenas lendas, que foram se desenvolvendo no decorrer do tempo, sem qualquer base no fato histórico; lançando, portanto, sérias dúvidas sobre a verdade da fé cristã.
Contudo, esta visão não pode ser mantida à luz da evidência histórica.
Com o objetivo de mostrar que podemos confiar no Novo Testamento, vamos seguir três passos:
Nosso primeiro passo vai demonstrar que os escritores dos evangelhos estavam em posição de narrar a exata história da vida de Jesus.
O segundo passo vai nos mostrar que os autores dos evangelhos, além de entregar uma descrição exata do que Jesus falou e fez, tiveram a intenção de fazê-lo. Se eles tiveram a capacidade de escrever a história exata e se tinham a intenção de escrevê-la com exatidão, podemos concluir, com toda segurança, que eles escreveram a história exata. Contudo, não necessitamos ficar aqui.
O terceiro passo nesta jornada em favor da confiabilidade dos evangelhos vai nos permitir chegar à conclusão de que os evangelhos contêm a exata narrativa dos eventos que eles descrevem.
Em razão destes três passos em direção à evidência,
podemos garantir que o Novo Testamento é confiável no que se refere ao que Jesus realmente falou e fez.
Os escritores dos evangelhos tiveram a capacidade de registrar a história confiável – A fim de demonstrar esse fato, vamos estabelecer quatro pontos:
(1) - Os evangelhos foram escritos pelos seus autores
tradicionais, os quais (2) - usaram o testemunho de testemunhas oculares em suas narrativas. Além disso, (3) - os evangelhos são antigos e, portanto, próximos demais dos eventos que narram, para que lendas históricas pudessem substituir o âmago dos fatos. Finalmente, (4) – as palavras de Jesus foram cuidadosamente preservadas durante sua transmissão, antes de terem sido organizadas em forma de evangelhos.
Os evangelhos foram escritos pelos seus autores tradicionais - Isto significa que os evangelhos forram escritos pelas pessoas sob cujos nomes eles se apresentam. Várias linhas de evidência apóiam isto, mas vamos focalizar somente algumas.
Primeiro, muito embora os autores dos evangelhos não tivessem assinado os nomes em suas obras (a igreja primitiva foi quem deu nome a cada evangelho), isto não significa que os seus autores não fossem conhecidos ou que a igreja estivesse errada. De fato, se não fossem amplamente conhecidos na igreja primitiva os que escreveram os evangelhos, seria de esperar que houvesse diferentes tradições entre os cristãos primitivos e as tradições do primeiro século da igreja. Porém, todos concordam que os evangelhos foram escritos pelas pessoas que os nomeiam.
As pessoas que estavam mais próximas de sua exata composição e, portanto, em melhor posição de conhecer as tradições, concordam unanimemente que Mateus, Marcos, Lucas e João foram os autores dos quatro evangelhos.
Segundo, visto como Marcos e Lucas não eram apóstolos, e Mateus era o mais “suspeito” dos apóstolos, por ter sido um coletor de impostos, parece improvável que a igreja primitiva tivesse inventado as autorias, especialmente se o seu objetivo fosse o de fortalecer sua credibilidade.
Diferente foi o caso dos antigos evangelhos apócrifos, os quais, não sendo registros confiáveis da vida de Jesus, mas falsificações antigas, atribuíram a si mesmos os nomes dos escritores menos suspeitos, no sentido de fortalecer a sua credibilidade. Os nomes de Pedro, Tiago, Felipe, Tomás, e até mesmo o de Maria, foram anexados aos evangelhos apócrifos, tentando dar-lhes status, muito embora estes nomes nada tivessem a ver com a sua composição.
Colocando de outro modo, se os evangelhos fossem apenas um produto da imaginação de anônimos cristãos, então, como a igreja primitiva chegou a estabelecer que Mateus, Marcos, Lucas e João seriam realmente os seus autores?
No caso do Evangelho de João, B. F. Westcott [apesar de ser autor do herético Texto Crítico] resolveu um clássico problema, demonstrando que ele foi escrito exatamente por quem tradicionalmente se acreditava que fosse o seu autor - o apóstolo João. Seu argumento jamais foi refutado, mesmo tendo sido ignorado. Westcott argumentou que o autor do mesmo seria um judeu, por causa do seu detalhado conhecimento das festas, costumes e Escrituras hebraicas. O autor deveria ser também um palestino, segundo ele, por causa da impressionante apresentação da geografia local e da topografia da área.
Em seguida, Westcott engloba ainda mais as possibilidades, afirmando que o autor deve ter sido também uma testemunha ocular, por causa de suas repetidas e forçosas referências aos detalhes das pessoas, tempo e localidades. Esses detalhes são característicos dos registros das testemunhas oculares e o autor deveria ter sido também um apóstolo por causa de sua íntima familiaridade com as ações e os pensamentos de Jesus
e dos Doze. Tendo estabelecido estas características, Westcott foi capaz de conduzir tudo em favor do apóstolo João, como sendo a pessoa que foi capaz de acumular todos os outros aspectos, como o discípulo amado de Jesus. (João 13:23; 19:26; 21:20).
Além disso, João Batista é chamado apenas “João” no Quarto Evangelho, enquanto nos Evangelhos Sinóticos ele é chamado “João Batista”, a fim de ser diferenciado do apóstolo João. Isto só se explica pelo fato de que somente o apóstolo João escreveu isto às pessoas que sabiam ser o Batista, outro João.
Os autores usaram testemunhas de primeira mão - Tendo estabelecido que os evangelhos foram escritos pelos tradicionais autores que os nomeiam, não precisamos mais estabelecer que esses autores fossem capazes de registrar a história confiável. Isto fica evidente porque os autores estavam escrevendo como testemunhas oculares ou conforme o registro de
testemunhas oculares.
João: era um apóstolo e, portanto, uma testemunha ocular. Já temos a evidência de que o autor do Evangelho de João foi, realmente, João, o apóstolo, o que ele próprio confirma.
Mateus: Eusébio, muito conhecido pela sua história da Igreja, atesta que Mateus, o apóstolo, também foi uma testemunha ocular dos acontecimentos, quando escreveu o Evangelho de Mateus. “Mateus havia começado a pregar aos hebreus; mas, quando ele
decidiu ir pregar aos outros, escreveu o seu próprio evangelho na língua nativa, a fim de que a lacuna deixada pela sua partida fosse preenchida com o que ele escreveu”. (Eusébio, História Eclesiástica, III, 24).
Marcos: muito embora não fosse um apóstolo, também registrou o testemunho de primeira mão, pois recebeu as informações de Pedro, uma testemunha ocular. Irineu, que foi bispo em 180 d.C. e aluno de Policarpo, o qual foi discípulo do apóstolo João, atesta que: “Marcos, o discípulo e intérprete de Pedro, ele mesmo nos entregou a substância da pregação de Pedro” (Irineu, Adversus Haereses, III, 1). Exame interno confirma também que Marcos está registrando o testemunho de uma testemunha ocular.
Lucas: foi um companheiro de Paulo, de quem recebeu informações, não só de Paulo, mas de outros apóstolos, durante o longo contato com eles. Isto é confirmado pela evidência externa (até mesmo fora do Novo Testamento) de Irineu: “Lucas, o companheiro de Paulo colocou em um livro o evangelho pregado pelo seu mestre” (Eusébio, III, 24).
Os evangelhos são antigos - Também podemos demonstrar que os escritores dos evangelhos foram capazes de registrar uma história confiável, até mesmo sem aceitar a autoria tradicional. Com exceção do Evangelho de João, cada um dos evangelhos data de cerca de 60 d.C. Isto os coloca de tal maneira próximos dos eventos por eles narrados que, simplesmente, não teria havido tempo suficiente para que lendas substituíssem os fatos históricos. A composição primitiva também coloca os escritores numa posição, na qual eram capazes de ser informados exatamente dos eventos
que estão narrando, visto como muitas das testemunhas oculares ainda eram vivas, podendo confirmar ou negar os registros.
Como saber se os evangelhos foram escritos tão antigamente?
Uma das razões é porque o Livro de Atos não registra a destruição de Jerusalém, a qual aconteceu no Ano 70 d.C. Jerusalém é o centro dos acontecimentos de Atos. Portanto, isto só poderia ser explicado no caso de Atos ter sido escrito antes da queda de Jerusalém. Além disso, tanto Pedro como Paulo são figuras centrais em Atos e a morte de nenhum deles é ali registrada.
Portanto, a única explicação é que, quando Atos foi escrito, nenhum dos dois tinha sido martirizado. Visto como Paulo morreu
em 64 d.C. e Pedro em 65 d.C., Atos deve ter sido escrito no início dos anos 60 d.C.
Também, como o Livro Atos e o Evangelho de Lucas são dois
volumes escritos por Lucas (Ver Atos 1:1,2), sendo que o Evangelho de Lucas foi escrito primeiro, estes teriam sido escritos mais cedo:
provavelmente nos ano 57 e 62 d.C.
A igreja primitiva acreditava que Mateus foi o primeiro evangelho a ser escrito, embora muitos concordem que Marcos foi o primeiro. Mas, de certo modo, quase todos concordam que ambos foram escritos antes de Lucas. Isto coloca a sua composição nos anos 50 d.C.
Então, vemos que, mesmo que alguém não aceite a autoria tradicional dos evangelhos, ainda assim concordam em que eles foram escritos muito antes que a lenda prevalecesse sobre a verdade.
O eminente historiador dos tempos romanos A. N. Sherwin-White estudou a base na qual as lendas se desenvolviam durante aquele período de tempo e verificou que 50 a 80 anos não eram suficientes para que a lenda substituísse o âmago dos fatos históricos. Até mesmo a última datação do evangelho feita por muitos críticos combina com esse modelo. Isto sem
mencionar que o Judaísmo do Século I não era um ambiente propício para os mitos.
Tendo em vista que os evangelhos são composições antigas, eles estavam bastante próximos dos eventos por eles narrados; daí serem capazes de transmitir exatamente os fatos. Que os seus autores eram testemunhas oculares ou que eles registraram narrativas de testemunhos recebidos de testemunhas oculares, isto acrescenta força ao fato de que eles registram informações confiáveis.
As palavras de Jesus foram exatamente preservadas, antes dos evangelhos serem escritos. Várias linhas de evidência demonstram que a transmissão oral das palavras de Jesus, conforme constam nos evangelhos, era perfeitamente exata e entregue com o máximo cuidado.
Primeiro, é importante observar que a antiga cultura judaica era uma cultura oral, na qual o povo confiava na memória, ao contrário da cultura de hoje, que é literária. Os judeus daquele tempo eram capazes de memorizar grande quantidade de material e era normal que um estudante judeu memorizasse o ensino do seu rabino. Estudos recentes da antiga cultura judaica confirmam que a memorização era uma parte importante no aprendizado judaico.
Por causa da alta estima que os estudantes dedicavam aos ensinos dos rabinos judeus, em geral eles os consideravam como “tradição sagrada” e os memorizavam em detalhes, a fim de poderem transmiti-los, com pouca ou nenhuma alteração. Dizia-se que “um bom aluno era como uma cisterna vedada, a qual não perde uma gota d’água sequer”. (Mishna Aboth, II, 8).
Certamente, os discípulos de Jesus, todos eles judeus, teriam tido não menos cuidado com as palavras de Alguém, que eles consideravam o Messias Divino, há muito esperado. Além disso, uma porção de eruditos atuais tem argumentado, solidamente, que muitos dos ensinos de Jesus nos evangelhos tem a forma mnemônica, o que os torna adaptáveis à memorização. Em outras palavras, os ensinos de Jesus foram, na maioria, entregues numa forma de fácil memorização, a fim de serem conservados na memória do povo.
Uma objeção comum é que todas as tradições atraíam informações não históricas, à medida em que eram transmitidas no correr do tempo, muito semelhante ao que vemos no “jogo telefônico”.
Contudo, os evangelhos foram escritos muito antes que a lenda pudesse sobrepujar os fatos históricos. Não houve tempo suficiente para que as palavras de Jesus fossem absorvidas pela lenda.
Também, um estudo dos evangelhos nas fontes gnósticas mais antigas e nas aberrantes fontes judaico-cristã s, além do seu uso por muitos pais ortodoxos da Igreja, sugere que é geralmente comum uma abreviação na extensão das narrativas e uma melhor organização para que estas sejam transmitidas com organização, sem serem absorvidas. O controle apostólico das tradições morais também serviu para conservá-las exatas.
Os apóstolos, que haviam sido testemunhas oculares,
e os primeiros a memorizar os ensinos de Jesus, jamais teriam permitido qualquer afastamento dos fatos. E, mesmo que houvesse algum interesse em distorcer as palavras de Jesus, a presença de testemunhas oculares hostis, durante o curto período dessas transmissões dos evangelhos, teria servido como um corretivo contra qualquer intenção de desviar os fatos. Falsas declarações
poderiam e deveriam ter sido desafiadas pelos que estavam ansiosos em fazê-lo [judeus incrédulos e gnósticos] a fim de desacreditar o Cristianismo.
A idéia de que a igreja primitiva tenha manipulado, de propósito, as palavras de Jesus fracassa diante da evidência histórica.
Uma falta de referência dentro dos evangelhos, às futuras controvérsias eclesiásticas (tais como o falar em línguas e a circuncisão) indica que a igreja primitiva não mudou nem acrescentou coisa alguma às palavras de Jesus, caso tivessem desejado adaptá-las aos seus propósitos.
Se os ensinos de Jesus fossem uma ampla invenção da igreja primitiva, ou se a igreja primitiva tivesse propositadamente alterado o Seu ensino, durante a transmissão oral, ela teria evitado certas “palavras hostis” ditas por Ele. Isso comprova que o Jesus dos evangelhos não foi manipulado nem manufaturado, a fim de preencher as necessidades da igreja primitiva.
Finalmente, uma recusa em eliminar as “palavras hostis” de Jesus (tais como as de Mateus 10:5-6 e Marcos 13:30) também mostra que a igreja primitiva não se sentia livre para reescrever a história da vida de Cristo, sem deturpar os fatos históricos.
Caso a igreja primitiva tivesse distorcido ativamente as palavras de Jesus, como tantos dizem por aí, então por que ela não eliminou aquelas “palavras hostis”? E por que [os líderes da igreja primitiva] não inventaram palavras que pudessem servir aos seus propósitos, a fim de resolver as controvérsias do seu tempo?
Não há, portanto, qualquer base para crer que a igreja primitiva tivesse manipulado ou mudado os ensinos e os fatos sobre a vida de Jesus.
Visto como os evangelhos preservam fielmente, até mesmo as partes difíceis do ensino e da vida de Jesus, tendo se recusado a acrescentar palavras a Jesus, a fim de adaptá-las aos seus propósitos, temos bons motivos para acreditar que eles sejam exatamente fiéis também em preservar outros aspectos menos controversos do Seu ministério. Já que a
igreja primitiva não inventou nem distorceu as palavras de Jesus, a
única opção que nos resta é a de que os evangelhos registram fielmente tudo que Jesus falou e fez.
Os escritores dos evangelhos quiseram transmitir a história confiável - Isto tem sido fortemente apoiado pela cuidadosa preservação da tradição oral, existente antes dos evangelhos serem escritos, conforme acabamos de examinar. Também, a análise do tipo de escrita dos evangelhos (seu gênero) nos conduz a isto.
Finalmente, os evangelhos se equiparam às demais literaturas históricas e biográficas do seu tempo.
A presença de detalhes apoiados pela cuidadosa preservação da tradição oral que existia antes dos evangelhos serem escritos - A presença de detalhes que realmente vão de encontro ao objetivo da narrativa também apóiam a garantia de que os escritores pretendiam ser exatos. Por exemplo, o testemunho de uma mulher não era considerado confiável, naquele tempo. Elas nem mesmo podiam testemunhar num tribunal. Mesmo assim, os autores dos evangelhos mostram as mulheres como sendo as
primeiras testemunhas da ressurreição de Jesus.
Existem ainda muitas passagens dos evangelhos que embaraçam os discípulos de Jesus. Eles são retratados, em quase cada narrativa, como sendo incrédulos, covardes e obtusos. Isto mostra a integridade dos escritores, narrando as coisas exatamente como eram.
Finalmente, os escritores dos evangelhos garantiram estar escrevendo com exatidão. Este é o testemunho mais forte da intenção, provindo de suas próprias bocas.
Lucas escreveu: “Pareceu-me também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem, havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio; para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado” (Lucas 1:3-4).
João declara: “E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro; e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais” (João 19:35).
E Pedro esclarece: “Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas; mas nós mesmos vimos a sua majestade” (2 Pedro 1:16).
Eles conheciam perfeitamente a diferença que existe entre o
fato e a ficção. Pelo fato dos escritores terem decidido transmitir a história exata, isto significa que se eles, por acaso, quisessem manipular os fatos, teriam sido forjadores intencionais. E como os apóstolos estavam presentes, a fim de garantir que a tradição oral permanecesse pura, qualquer modificação seria deliberada. Por exemplo, se o túmulo de Jesus não estivesse vazio, os escritores dos evangelhos estariam mentindo intencionalmente. Isto significa que se os evangelhos não são registros das palavras e feitos de Cristo, nesse caso não passam de uma fraude colossal. Contudo, nenhum crítico respeitável de hoje sustenta que os discípulos de Jesus tenham sido enganadores intencionais.
Os escritores registraram a verdadeira história - Evidências externas de escritores não cristãos e da Arqueologia quase sempre confirmam isto. Sempre que os evangelhos têm sido checados para efeito de exatidão, eles têm passado no teste.
O erudito F.F. Bruce disse: “A Arqueologia tem servido para confirmar o registro do Novo Testamento”. O renomado
arqueólogo Nelson Gluek disse: “Deve ser categoricamente declarado que nenhuma descoberta arqueológica tem negado a referência bíblica”.
Sir William Ramsey, considerado como um dos maiores arqueólogos que já viveram, antes achava que o Livro de Atos não fosse uma narrativa fidedigna. Contudo, depois de observar a intricada exatidão do livro, através de sua pequena história da Ásia Menor, ele foi forçado a concluir: “Lucas é um historiador de primeira classe... Este autor deveria ser colocado junto com os maiores historiadores”.
Eruditos liberais costumavam duvidar que a cidade de Nazaré tivesse existido no tempo de Jesus, até que a Arqueologia das últimas décadas confirmou sua existência. As descrições que os evangelhos fazem do Templo, da corte de Pilatos, da coroa de espinhos na cabeça de Jesus e do modo de Sua execução também foram confirmadas. E a lista prossegue indefinidamente.
Mesmo que os evangelhos não possam ser testados pela evidência externa, não faltarão motivos para se confirmar a sua exatidão.
Primeiro, visto como os evangelhos têm comprovado sua veracidade, onde os testamos, é mais que provável que também sejam verdadeiros, onde não podemos testá-los.
Segundo, conforme Gregory Boyd aponta, a aplicação do
critério normal de autenticidade torna provável que uma substancial
maioria de detalhes nos evangelhos descreva o que Jesus e os apóstolos realmente disseram e fizeram.
Após examinar a evidência, podemos concluir que os escritores dos evangelhos tiveram a capacidade e a intenção de registrar informações confiáveis e, portanto, fizeram isto.
Também examinamos como a evidência
externa, em cada área na qual pôde ser checada, quase sempre serviu para fortalecer esta conclusão.
Desse modo, podemos concluir, confiadamente, que os evangelhos do Novo Testamento apresentam uma descrição verdadeira, sem qualquer distorção, da vida e dos ensinos de Jesus.
Podemos confiar no Novo Testamento!
Fontes:
Craig, William Lane , Reasonable Faith: Christian Truth and Apologetics (Wheaton Illinois: Moody Press, 1984).
Boyd, Gregory A., Jesus Under Siege (Wheaton Illinois: Victor Books, 1995).
McDowell, Josh, He Walked Among Us: Evidence for the Historical Jesus (Nashville Tennessee: Thomas Nelson Publishers, 1993).
Site: Contending for Faith
Tradução de Mary Schultze, em 18/08/2009.